XXXI DOMINGO DO TEMPO COMUM
As leituras deste domingo
obrigam-nos a descer até ao mais íntimo de nós próprios e a olharmo-nos de
frente na nossa relação, quer com Deus, quer n’Ele com os irmãos. Levam-nos a
questionarmo-nos sobre até que ponto somos consequentes no que fazemos, com o
que dizemos, ou com o que aconselhamos aos outros.
Na 1ªleitura (Mal 1, 14b
– 2, 2b.8-10) o
profeta Malaquias apresenta-nos Deus Pai, como o Único, como Aquele que nos
criou a todos. E, então como hoje, é válida a questão objetiva que é posta: “Não foi o
mesmo Deus que nos criou? Então porque somos desleais uns para com os outros,
profanando a aliança dos nossos pais?” Respondamos, de coração sincero, à pergunta
que nos é feita. Deixemos que o Amor de Deus nos inunde.
Na 2ª leitura S. Paulo continua a louvar a Deus pela
forma como os tessalonicenses receberam o anúncio da Boa Nova e deixaram que, a
Palavra Viva de Deus recebida, se tornasse ativa no seu testemunho de vida.
Como é belo quando S.Paulo fala assim desta comunidade por ele evangelizada. Sente-se que os ama com um amor imenso, o amor
de Deus: “Irmãos: Fizemo-nos pequenos no meio de vós. Como a mãe que acalenta
os filhos que anda a criar, assim nós também, pela viva afeição que vos dedicamos, desejaríamos partilhar convosco,
não só o Evangelho de Deus, mas ainda a própria vida, tão caros vos tínheis
tornado para nós. Bem vos lembrais, irmãos, dos nossos trabalhos e canseiras.
Foi a trabalhar noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, que vos
pregámos o Evangelho de Deus. Por isso, também nós damos graças a Deus sem
cessar, porque, depois de terdes ouvido a palavra de Deus por nós pregada, vós
a acolhestes, não como palavra humana, mas como ela é realmente, palavra de
Deus, que permanece ativa em vós, os crentes.”
O Evangelho (Mt 23, 1-12) é uma denúncia
que Jesus faz à duplicidade de vida
daqueles que falam muito bem, mas não vivem de acordo com as verdades de fé
professadas, sobretudo imbuídos da certeza que temos e que foi bem proclamada
na 1ªleitura: Deus é Pai de todos, logo todos somos irmãos. Então porque não
nos amamos, como Deus nos ama, porque não deixamos que Deus ame os outros em
nós? Jesus faz também um apelo a que deixemos que Deus seja tudo em nós, o
nosso único Senhor. Só Ele nos ama infinitamente, sabendo quem somos realmente.
Deixemo-nos "consumir" de amor por Ele e seremos testemunhas do Seu Amor, como o
foram os tessalonicenses, de que nos fala S.Paulo na 2ª leitura.
Senhor, Pai Santo, Amor total por cada um de nós, habita-me
por inteiro. Que o Teu Amor chegue a todos aqueles a quem queres transmitir-Te através de mim.
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