V DOMINGO DO TEMPO COMUM
No seguimento de domingo passado, hoje continuamos a ser desafiados a amar.
Assim, enquanto no IV Domingo do tempo comum nos foram propostas as bem-aventuranças,
hoje são-nos apresentadas as obras de misericórdia. São caminhos para atingirmos
a meta: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
É um convite a pôr em prática as palavras iniciais de um dos belos poemas de
Florbela Espanca “Eu quero amar, amar perdidamente!” a Deus e n’Ele a todos os que connosco
convivem diariamente, ou com quem, ocasionalmente, nos cruzamos nos caminhos da
vida.
Na 1ª leitura (Is 58, 7-10 ) Isaías, de uma forma muito clara, desafia-nos a pôr em prática as obras de misericórdia. Se o fizermos, seguiremos o caminho da luz que conduz a Deus: «“Então, se chamares, o Senhor responderá, se O invocares, dir-te-á: ‘Aqui estou’. Se tirares do meio de ti a opressão, os gestos de ameaça e as palavras ofensivas, se deres do teu pão ao faminto e matares a fome ao indigente, a tua luz brilhará na escuridão e a tua noite será como o meio-dia».
Na 2ª leitura (1Cor 2, 1-5) ,
S.Paulo diz-nos onde radica a sua força, a sua coragem e determinação. Diz-nos
que: « A minha palavra e a minha pregação não se
basearam na linguagem convincente da sabedoria humana, mas na poderosa
manifestação do Espírito Santo, para que a vossa fé não se fundasse na
sabedoria humana, mas no poder de Deus.» Em S.Paulo vemos Deus a agir, todo ele
se entrega e vive em Jesus Cristo, para glória de Deus Pai. É este o apelo que
S.Paulo nos faz: deixemos que o Espírito Santo aja em nós, que Ele repasse cada
poro do nosso ser, e daremos testemunho do amor de Deus em tudo o que somos e
fazemos, no dia a dia da vida.
"Naquele tempo, disse Jesus
aos seus discípulos: «Vós sois o sal da terra. Mas se ele perder a força, com
que há de salgar-se? Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado
pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada
sobre um monte; nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire,
mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa. Assim deve
brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras,
glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus»."
Mt 5, 13-16
Sim, Senhor, eu quero amar-Te perdidamente (como diz o poema) e em Ti, amar os que colocas
no meu caminho.
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