domingo, 31 de dezembro de 2017
FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA DE
JESUS, MARIA E JOSÉ
Hoje a liturgia convida-nos a contemplar a Sagrada Família de Jesus, Maria
e José. Somos desafiados a viver em família, cimentados no Amor, que é Deus,
que nos criou e nos deu a graça de O podermos viver em comunhão com os que com
Ele participam num projeto de amor, que deve ser a nossa família.
Na 1ª leitura (Sir 3, 3-7.14-17a) escutamos uma série de conselhos que cada um
de nós, como elemento de uma família, deve honrar. Normalmente fariam parte do
nosso ADN familiar, isto é, deviam ser assumidos por cada um, naturalmente,
como seres pertencentes a uma determinada família, quanto mais se dizemos que
somos cristãos.
"Deus quis honrar os pais nos
filhos e firmou sobre eles a autoridade da mãe. Quem honra seu pai obtém o
perdão dos pecados e acumula um tesouro quem honra sua mãe. Quem honra o pai
encontrará alegria nos seus filhos e será atendido na sua oração. Quem honra
seu pai terá longa vida, e quem lhe obedece será o conforto de sua mãe. Filho,
ampara a velhice do teu pai e não o desgostes durante a sua vida. Se a sua
mente enfraquece, sê indulgente para com ele e não o desprezes, tu que estás no
vigor da vida, porque a tua caridade para com teu pai nunca será esquecida e
converter-se-á em desconto dos teus pecados."
Na 2ª leitura (Col 3,
12-21) S.Paulo indica-nos o caminho a seguir para
construirmos uma verdadeira família. É só acolhermos as propostas que nos faz:
"Irmãos: Como eleitos de Deus, santos e prediletos,
revesti-vos de sentimentos de misericórdia, de bondade, humildade, mansidão e
paciência. Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, se algum tiver
razão de queixa contra outro. Tal como o Senhor vos perdoou, assim deveis fazer
vós também. Acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da
perfeição. Reine em vossos corações a paz de Cristo, à qual fostes chamados
para formar um só corpo. E vivei em ação de graças. Habite em vós com
abundância a palavra de Cristo, para vos instruirdes e aconselhardes uns aos
outros com toda a sabedoria; e com salmos, hinos e cânticos inspirados, cantai
de todo o coração a Deus a vossa gratidão. E tudo o que fizerdes, por palavras
ou por obras, seja tudo em nome do Senhor Jesus, dando graças, por Ele, a Deus
Pai. Esposas, sede submissas aos vossos maridos, como convém no Senhor.
Maridos, amai as vossas esposas e não as trateis com aspereza. Filhos, obedecei
em tudo a vossos pais, porque isto agrada ao Senhor. Pais, não exaspereis os
vossos filhos, para que não caiam em desânimo."
No Evangelho seguimos a
Sagrada Família na apresentação e consagração
a Deus de Jesus, no Templo de Jerusalém, cumprindo assim o que prescreviam os
preceitos do seu tempo. Através das palavras de Simeão e de Ana, Jesus é
anunciado como o Salvador de toda a humanidade, como o libertador esperado.
"Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José
levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor, como está escrito na
Lei do Senhor: «Todo o filho primogénito varão será consagrado ao Senhor», e
para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas, como se diz na
Lei do Senhor. Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e
piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. O
Espírito Santo revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias do Senhor;
e veio ao templo, movido pelo Espírito. Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino,
para cumprirem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito, Simeão
recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus, exclamando: «Agora, Senhor, segundo
a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram
a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se
revelar às nações e glória de Israel, vosso povo». O pai e a mãe do Menino
Jesus estavam admirados com o que d’Ele se dizia. Simeão abençoou-os e disse a
Maria, sua Mãe: «Este Menino foi estabelecido para que muitos caiam ou se
levantem em Israel e para ser sinal de contradição; – e uma espada trespassará
a tua alma – assim se revelarão os pensamentos de todos os corações». Havia
também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade
muito avançada e tinha vivido casada sete anos após o tempo de donzela e viúva
até aos oitenta e quatro. Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e
dia, com jejuns e orações. Estando presente na mesma ocasião, começou também a
louvar a Deus e a falar acerca do Menino a todos os que esperavam a libertação
de Jerusalém. Cumpridas todas as prescrições da Lei do Senhor, voltaram para a
Galileia, para a sua cidade de Nazaré. Entretanto, o Menino crescia, tornava-Se
robusto e enchia-Se de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele."
Lc 2, 22-40
Obrigada
Senhor pela família que me deste. Ensina-me a honrar, a amar, todos os seus
membros, como parte integrante dela.
segunda-feira, 25 de dezembro de 2017
NATAL DO SENHOR
Hoje
é dia de Natal e todas as leituras, sejam as da missa da vigília, ou as da
missa da aurora, ou ainda, as da missa do dia, convidam a exultar de alegria,
porque o Filho de Deus veio habitar no meio dos homens e revelar-nos Deus – o Amor
– perdidamente enamorado da Sua criatura. Louvemos e demos Glória ao nosso
Deus, contemplando o Mistério do Menino Deus.
Na 1ªleitura
(Is 52, 7-10) Isaías diz-nos que todos
veremos a salvação do nosso Deus. E é assim que culminará a história de Amor
que Deus fez, e continua a fazer, com a humanidade, com cada um de nós, Seus
filhos, neste Menino, cujo nascimento celebramos a 25 de dezembro. Assim,
objetos de todo o “Amor”, não podíamos deixar de aceder ao convite do profeta
Isaías, quando diz: “Rompei todas em
brados de alegria, ruínas de Jerusalém, porque o Senhor consola o seu povo,
resgata Jerusalém. O Senhor descobre o seu santo braço à vista de todas as
nações e todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus.”
S.Paulo, na 2ª leitura (Hebr 1, 1-6) leva-nos a contemplar o Mistério de Amor que veio habitar
no meio dos homens. E, para que não tenhamos dúvidas de que é verdadeiramente o
Filho de Deus, que vive em nós, acrescenta: “A
qual dos Anjos, com efeito, disse Deus alguma vez: «Tu és meu Filho, Eu hoje Te
gerei»? E ainda: «Eu serei para Ele um Pai e Ele será para Mim um Filho»? E de
novo, quando introduziu no mundo o seu Primogénito, disse: «Adorem-n’O todos os
Anjos de Deus»." Adoremos, pois, o Menino Deus que se fez homem e nos
habita ontem, hoje e por toda a eternidade.
O
Evangelho de hoje é um autêntico poema de Amor, em que o evangelista no ajuda a
contemplar o mistério do Amor de Deus por cada ser criado. E é Jesus que nos
revela o quanto Deus nos ama. Neste Menino, cujo nascimento hoje celebramos,
fomos gerados para Deus, somos filhos no Filho. Como não exultar e cantar de
alegria ao nosso Deus, que nos ama desta forma tão total e única?!
“No
princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No
princípio, Ele estava com Deus. Tudo se fez por meio d’Ele e sem Ele nada foi
feito. N’Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens. A luz brilha nas
trevas e as trevas não a receberam. O Verbo era a luz verdadeira, que, vindo ao
mundo, ilumina todo o homem. Estava no mundo e o mundo, que foi feito por Ele,
não O conheceu. Veio para o que era seu e os seus não O receberam. Mas àqueles
que O receberam e acreditaram no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem
filhos de Deus. Estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da
vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós
vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de
graça e de verdade.”
Jo
1, 1-5.9-14
Demos
louvor e glória ao nosso Deus, pelas maravilhas que Ele fez, glória ao Senhor,
louvor ao Senhor, anunciai a Sua salvação.
domingo, 24 de dezembro de 2017
IV DOMINGO DO ADVENTO
Neste último domingo do Advento somos convidados a
acolher o Senhor que vem e a fazermos, de nós próprios, a morada, a habitação
do Salvador. Deixemos que nos habite no mais profundo de nós mesmos, no mais recôndito do nosso ser, do nosso coração.
Na 1ªleitura (2Sam 7, 1-5.8b-12.14a.16) Deus promete a David uma casa, uma
linhagem, da qual nascerá Jesus, o Salvador. É essa vinda, o nascimento do Deus
Menino, que estamos prestes a celebrar, já a partir da noite de hoje.
Perante o Mistério do imenso Amor do Senhor, que é o
nascimento do Menino Deus, que vem dar a Sua vida por cada um de nós, só
podemos exultar de alegria e de agradecimento, tal como nos propõe S.Paulo na
2ª leitura (Rom 16, 25-27) . Como pode Deus amar-nos assim tanto?! Mas a verdade
é que ama, por isso, mesmo sem entendermos, contemplemos e deixemo-nos envolver por tão grande Mistério.
No Evangelho desenrola-se, perante os nosso olhos,
uma dinâmica da comunhão de Deus com alguém, por Ele escolhida, desde sempre,
para corredenção da humanidade. Maria, ao dizer Sim, torna-se a morada de Deus
no meio dos homens. Contemplando a forma como a nossa Mãe respondeu à vontade do
Senhor, somos convidados, também nós, a deixarmos que Deus nos habite. Confiemos
no Senhor e deixemo-nos habitar, amar por Ele.
"Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia
chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado José, que era
descendente de David. O nome da Virgem era Maria. Tendo entrado onde ela
estava, disse o Anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo». Ela ficou
perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela. Disse-lhe o
Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e
darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á
Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará
eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim». Maria disse ao
Anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?». O Anjo respondeu-lhe: «O
Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua
sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus. E a tua
parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês
daquela a quem chamavam estéril; porque a Deus nada é impossível». Maria disse
então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra»."
Lc 1, 26-38
Glória ao Senhor, louvor ao Senhor, cantai-Lhe terra
inteira, bendizei o Seu nome.Ámen.
sábado, 16 de dezembro de 2017
III DOMINGO DO ADVENTO
O Natal está muito perto. O
Menino Deus renasce, mais uma vez, no nosso coração. Alegremo-nos, porque Ele já veio e está no meio de nós, mas também porque podemos festejar o Seu nascimento. Demos
graças e louvemos a Deus pelo Seu imenso Amor, por todos e por cada um de nós. Maranatá!
Maranatá!
Toda a liturgia de hoje
convida à alegria e a 1ªleitura (Is 61, 1-2a.10-11) fá-lo de uma forma muito bela,
através do profeta Isaías: “O espírito
do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu e me enviou a anunciar a boa
nova aos pobres, a curar os corações atribulados, a proclamar a redenção aos
cativos e a liberdade aos prisioneiros, a promulgar o ano da graça do Senhor.
Exulto de alegria no Senhor, a minha alma rejubila no meu Deus, que me revestiu
com as vestes da salvação e me envolveu num manto de justiça, como noivo que
cinge a fronte com o diadema e a noiva que se adorna com as suas joias. Como a
terra faz brotar os germes e o jardim germinar as sementes, assim o Senhor Deus
fará brotar a justiça e o louvor diante de todas as nações.” Juntemo-nos ao
profeta no louvor e ação de graças a Deus. Deixemos que o nosso coração se
encha do Amor de Deus e rejubilemos de alegria, porque somos amados por Deus
até ao infinito.
S.Paulo, na 2ªleitura (1 Tes 5, 16-24), também nos exorta a viver na alegria e a orar
continuamente ao Senhor: “Irmãos: Vivei sempre alegres, orai sem cessar, dai graças em todas as
circunstâncias, pois é esta a vontade de Deus a vosso respeito em Cristo Jesus.
Não apagueis o Espírito, não desprezeis os dons proféticos; mas avaliai tudo,
conservando o que for bom. Afastai-vos de toda a espécie de mal. O Deus da paz
vos santifique totalmente, para que todo o vosso ser – espírito, alma e corpo –
se conserve irrepreensível para a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. É fiel
Aquele que vos chama e cumprirá as suas promessas.”
S.João, no Evangelho, vem relembrar-nos a razão da nossa alegria: Jesus,
o Filho de Deus veio ao mundo, está no meio de nós e é a prova viva do
quanto Deus ama cada ser vivente. Ele, que no batismo se fez a "Luz" que inundou todo o nosso ser e infundiu o nosso espírito, é a razão de de da nossa alegria. Alegremo-nos no Seu Amor. "Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João. Veio como testemunha,
para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele. Ele
não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Foi este o testemunho de
João, quando os judeus lhe enviaram, de Jerusalém, sacerdotes e levitas, para
lhe perguntarem: «Quem és tu?». Ele confessou a verdade e não negou; ele
confessou: «Eu não sou o Messias». Eles perguntaram-lhe: «Então, quem és tu? És
Elias?». «Não sou», respondeu ele. «És o Profeta?». Ele respondeu: «Não».
Disseram-lhe então: «Quem és tu? Para podermos dar uma resposta àqueles que nos
enviaram, que dizes de ti mesmo?». Ele declarou: «Eu sou a voz do que clama no
deserto: ‘Endireitai o caminho do Senhor’, como disse o profeta Isaías». Entre
os enviados havia fariseus que lhe perguntaram: «Então, porque batizas, se não
és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?». João respondeu-lhes: «Eu batizo na
água, mas no meio de vós está Alguém que não conheceis: Aquele que vem depois
de mim, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias». Tudo isto
se passou em Betânia, além do Jordão, onde João estava a batizar."
Jo 1, 6-8.19-28
Eu te dou graças Senhor pelo Teu imenso Amor por mim, por cada um de nós, pela
humanidade inteira. Louvado sejas Senhor, hoje e sempre. Ámen.
sábado, 9 de dezembro de 2017
II DOMINGO DO ADVENTO
Já estamos na segunda semana
do Advento e a liturgia de hoje, por meio de Isaías e de S.João Batista, convida-nos
à conversão, como forma de preparar o caminho do Senhor.
Na 1ªleitura (Is 40, 1-5.9-11) Isaías consola o povo no exílio, anunciando
o regresso à terra prometida, mas, para isso, terão que preparar, no deserto, o
caminho do Senhor, abrindo na estepe uma estrada para Deus. Ultrapassadas todas
as dificuldades, alcançarão a terra dos seus antepassados e poderão festejar,
porque, diz o profeta, um Salvador ser-lhes-á enviado. «Eis o vosso Deus. O Senhor Deus vem com poder, o seu braço dominará. Com
Ele vem o seu prémio, precede-O a sua recompensa. Como um pastor apascentará o
seu rebanho e reunirá os animais dispersos; tomará os cordeiros em seus braços,
conduzirá as ovelhas ao seu descanso». Estas são também palavras de consolo
para todos nós, homens do séc.XXI. Deixemos que Jesus nos estreite nos seus braços
e nos dê a Sua Paz.
Na 2ªleitura (2 Pedro 3, 8-14) S. Pedro anuncia a segunda vinda de Jesus e a
forma como a devemos preparar: “Portanto, caríssimos, enquanto
esperais tudo isto, empenhai-vos, sem pecado nem motivo algum de censura, para
que o Senhor vos encontre na paz.”
No Evangelho, S. João Batista apela à conversão de coração, para prepararmos a vinda de Jesus, no Natal deste ano. Nós, que já fomos batizados no Espírito Santo, temos em nós a Graça que recebemos nesse dia e fez de nós filhos no Filho. Peçamos a Jesus o dom da conversão a fim de, na pureza do nosso coração, nos reencontramos com Ele, como o centro da nossa vida. Aproveitemos mais esta oportunidade, que Deus nos dá, de vivermos este Natal em comunhão com o Menino Deus, que quer habitar no coração de cada um de nós e dar-nos a Sua Paz.
“Início do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. Está escrito no profeta
Isaías: «Vou enviar à tua frente o meu mensageiro, que preparará o teu caminho.
Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas
veredas’». Apareceu João Baptista no deserto, a proclamar um batismo de
penitência para remissão dos pecados. Acorria a ele toda a gente da região da
Judeia e todos os habitantes de Jerusalém e eram batizados por ele no rio
Jordão, confessando os seus pecados. João vestia-se de pelos de camelo, com um
cinto de cabedal em volta dos rins, e alimentava-se de gafanhotos e mel
silvestre. E, na sua pregação, dizia: «Vai chegar depois de mim quem é mais
forte do que eu, diante do qual eu não sou digno de me inclinar para desatar as
correias das suas sandálias. Eu batizo-vos na água, mas Ele batizar-vos-á no
Espírito Santo».”
Mc 1, 1-8
Senhor, concede-me o dom da conversão de coração.
sexta-feira, 8 de dezembro de 2017
SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO
da VIRGEM SANTA MARIA
8 de dezembro de 2017
Neste dia, tão especial para nós, a liturgia
convida-nos a contemplar Maria, como aquela que soube dizer sempre Sim ao
Senhor. A Virgem Maria é o modelo do crente, de todo aquele que confia
totalmente em Deus e se deixa “fazer” por Ele. Entreguemo-nos ao seu amor de Mãe e deixemos que nos leve a Jesus.
Na 1ªleitura (Gen 3,
9-15.20) escutamos como, desde sempre, a
criatura quis ser superior ao Criador. Como o fruto proibido é sempre o mais
apetecido! É velha esta história, mas como continua atual! Que, olhando para
Maria, aprendamos a servir, a amar.
A segunda leitura é um dos mais belos hinos de louvor a Deus
que podemos escutar. Só S.Paulo para nos levar a contemplar assim Deus, no Seu
Amor imenso por cada um de nós. Obrigada Senhor por nos amares a este ponto, mesmo sabendo de que "massa" somos feitos.
"Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que
do alto dos Céus nos abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em
Cristo. N’Ele nos escolheu, antes da criação do mundo, para sermos
santos e irrepreensíveis,em caridade, na sua presença. Ele nos predestinou, conforme a benevolência da sua vontade, a fim de sermos seus filhos adotivos, por Jesus Cristo, para louvor da sua glória e da graça que derramou sobre nós, por seu amado Filho. Em Cristo fomos constituídos herdeiros, por temos sido predestinados, segundo os desígnios d'Aquele que tudo realiza conforme a decisão da sua vontade, para sermos um hino de louvor da sua glória, nós que desde o começo esperámos em Cristo."
Ef 1, 3-6.11-12
No evangelho inicia-se a concretização do projeto
amoroso de Deus para com a Humanidade. Só o nosso Deus, Amor sem fim, podia ter
encontrado esta forma única de nos ganhar para Ele.
Bendito e louvado sejas Senhor, hoje e sempre pelos
séculos sem fim. Ámen!
"Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da
Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado
José, que era descendente de David. O nome da Virgem era Maria. Tendo
entrado onde ela estava, disse o Anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor está
contigo». Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria
aquela. Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste
graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás
o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o
trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o
seu reinado não terá fim». Maria disse ao Anjo: «Como será isto, se
eu não conheço homem?». O Anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá
sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que
vai nascer será chamado Filho de Deus. E a tua parenta Isabel concebeu também
um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam
estéril; porque a Deus nada é impossível». Maria disse então: «Eis
a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra»."
Lc 1, 26-38
Algumas curiosidades sobre "Como se tornou Nossa Senhora a verdadeira Soberana de Portugal"
O culto a Santa Maria nasceu nos primórdios da nacionalidade. Desde o
início, começou com o nosso primeiro rei, D. Afonso Henriques (um grande devoto
de Nossa Senhora), que fez várias concessões a Santa Maria Bracarense (como
tributo pela ajuda recebida na formação e implantação do seu território): engrandeceu
a catedral de Braga elevando-a à categoria de templo nacional, passando deste
modo, Santa Maria de Braga, a ser a padroeira do território portucalense. A
partir dessa altura, todos os reis da 1.ª dinastia passaram a prestara-lhe
culto, como forma de agradecimento pelo auxílio prestado na manutenção da
independência do novo reino.
sábado, 2 de dezembro de 2017
I DOMINGO DO ADVENTO
Com o
início do Novo Ano Litúrgico – Ano B, entramos no Advento. Este é um tempo novo, é o tempo da espera do
Senhor que vem. Mas, para O acolhermos, de coração sincero, esta espera tem que
ser ativa e vigilante.
E a palavra que marca as leituras de hoje é “vigiai”,
um pouco na sequência das últimas leituras do Ano Litúrgico - A, que agora
termina. Apesar de ser um tempo novo, dá continuidade ao que nos foi pedido nos
domingos anteriores: “Vigiai,
portanto, visto que não sabeis quando virá o dono da casa”.É mais uma oportunidade que o Senhor nos dá, para vivermos este tempo, que tem a graça tão especial do encontro com Ele e de podermos saborear o Seu eterno amor por cada um de nós! Vigiemos então e preparemos
o nosso coração, no caminho de conversão e oração que nos vai conduzir, ao
longo destas quatro semanas, à “Gruta de Belém”, na Noite Santa.
Como é bela esta oração! Quantas vezes ao rezarmos,
embora de forma diferente, cada um ao seu jeito, expressamos os mesmos sentimentos do profeta para com Deus, nosso Pai. A 1ª leitura é um texto que, por um lado, nos leva a contemplar, a
louvar Deus no seu imenso amor por esta humanidade, e, por outro, desafia-nos,
ajuda-nos a entregar toda a nossa fragilidade nas Suas mãos de Pai, de Oleiro
que nos molda com todo o Amor, tendo em atenção a qualidade do “barro” de cada
um. Deixemo-nos “fazer” por Ele neste Advento e sempre.
“Vós,
Senhor, sois nosso Pai e nosso Redentor, desde sempre, é o vosso nome. Porque
nos deixais, Senhor, desviar dos vossos caminhos e endurecer o nosso coração,
para que não Vos tema? Voltai, por amor dos vossos servos e das tribos da vossa
herança. Oh se rasgásseis os céus e descêsseis! Ante a vossa face estremeceriam
os montes! Mas vós descestes e perante a vossa face estremeceram os montes.
Nunca os ouvidos escutaram, nem os olhos viram que um Deus, além de Vós,
fizesse tanto em favor dos que n’Ele esperam. Vós saís ao encontro dos que
praticam a justiça e recordam os vossos caminhos. Estais indignado contra nós,
porque pecámos e há muito que somos rebeldes, mas seremos salvos. Éramos todos como
um ser impuro, as nossas ações justas eram todas como veste imunda. Todos nós
caímos como folhas secas, as nossas faltas nos levavam como o vento. Ninguém
invocava o vosso nome, ninguém se levantava para se apoiar em Vós, porque nos
tínheis escondido o vosso rosto e nos deixáveis à mercê das nossas faltas. Vós,
porém, Senhor, sois nosso Pai e nós o barro de que sois o Oleiro; somos todos
obra das vossas mãos.”
Is
63, 16b-17.19b; 64, 2b-7
Na
2ªleitura (1 Cor 1, 3-9), S.Paulo desafia-nos a pôr os dons, que Deus nos
concedeu, ao serviço dos outros, enquanto esperamos pelo Senhor, que vem ao
nosso encontro.
No Evangelho Jesus faz-nos um apelo, muito veemente,
para estarmos vigilantes na fé, na preparação do nosso encontro com Deus. A
iniciativa é sempre do Senhor, mas Ele quer a nossa vigilância, a nossa colaboração.
Demos a Deus o nosso sim, numa resposta de amor, a quem tanto nos ama, como nos
diz a 1ªleitura.
“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
«Acautelai-vos e vigiai, porque não sabeis quando chegará o momento. Será como
um homem que partiu de viagem: ao deixar a sua casa, deu plenos poderes aos
seus servos, atribuindo a cada um a sua tarefa, e mandou ao porteiro que
vigiasse. Vigiai, portanto, visto que não sabeis quando virá o dono da casa: se
à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se de manhãzinha; não se dê o
caso que, vindo inesperadamente, vos encontre a dormir. O que vos digo a vós,
digo-o a todos: Vigiai!».”
Mc 13,
33-37
Como é
possível que nos ames assim, desta forma tão total, Senhor, Tu, que nos
conheces no mais profundo de nós mesmos! Bendito e Louvado sejas pelo Teu Amor,
hoje e sempre. Ámen.
sábado, 25 de novembro de 2017
SOLENIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO
E, porque hoje é o último
domingo do ano litúrgico A, as leituras, projetam-nos para o final dos tempos,
mas numa dinâmica de esperança. As palavras escutadas deixam-nos a certeza de
que temos um pastor, um Pai, que nunca nos deixa sós e nos procura, sem cessar, para todo Se nos dar. Deixemo-nos conduzir, amar por Ele, para n’Ele nos darmos
àqueles a quem quer chegar através de nós.
Na 1ªleitura (Ez 34, 11-12.15-17) é bom escutar as palavras com que o profeta
Ezequiel consola o povo de Deus, de ontem, mas também o de hoje. É esta certeza
de que somos amados por Deus-Amor, que nos guia e sustenta, na esperança de n’Ele
sermos veículos de transmissão do Seu amor. N'Ele tudo podemos: «Eu próprio irei em busca
das minhas ovelhas e hei de encontrá-las. Como o pastor vigia o seu rebanho,
quando estiver no meio das ovelhas que andavam tresmalhadas, assim Eu guardarei
as minhas ovelhas, para as tirar de todos os sítios em que se desgarraram num
dia de nevoeiro e de trevas. Eu apascentarei as minhas ovelhas, Eu as levarei a
repousar, diz o Senhor Deus. Hei de procurar a que anda perdida e reconduzir a
que anda tresmalhada. Tratarei a que estiver ferida, darei vigor à que andar
enfraquecida e velarei pela gorda e vigorosa. Hei de apascentá-las com justiça.
Quanto a vós, meu rebanho, assim fala o Senhor Deus: Hei de fazer justiça entre
ovelhas e ovelhas, entre carneiros e cabritos».
Na 2ª leitura S.Paulo situa-nos em Jesus ressuscitado, n'Aquele que só se reconheceu como rei, quando estava a ser julgado no sinédrio, ou num estranho trono, que era a Cruz . É em Jesus, que venceu a morte e ressuscitou, que todos nós havemos de ressuscitar um dia, como nos diz o apóstolo: “Cada qual, porém, na sua ordem: primeiro, Cristo, como primícias; a seguir, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. Depois será o fim, quando Cristo entregar o reino a Deus seu Pai, depois de ter aniquilado toda a soberania, autoridade e poder. É necessário que Ele reine, até que tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. E o último inimigo a ser aniquilado é a morte. Quando todas as coisas Lhe forem submetidas, então também o próprio Filho Se há de submeter Àquele que Lhe submeteu todas as coisas, para que Deus seja tudo em todos.”
No Evangelho Jesus desafia-nos
a seguir o único caminho que leva à vitória sobre a morte: as obras de
misericórdia. Deixemo-nos guiar por Ele no “cumprimento” das mesmas. Só n’Ele será
possível abraçá-las, como caminho que nos leva ao convívio com Deus.
"Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: «Quando o Filho do homem vier na sua glória com todos os seus
Anjos, sentar-Se-á no seu trono glorioso. Todas as nações se reunirão na sua
presença e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos
cabritos; e colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda.
Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai;
recebei como herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo.
Porque tive fome e destes-Me de comer; tive sede e destes-Me de beber; era
peregrino e Me recolhestes; não tinha roupa e Me vestistes; estive doente e
viestes visitar-Me; estava na prisão e fostes ver-Me’. Então os justos Lhe
dirão: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome e Te demos de comer, ou com sede
e Te demos de beber? Quando é que Te vimos peregrino e Te recolhemos, ou sem
roupa e Te vestimos? Quando é que Te vimos doente ou na prisão e Te fomos
ver?’. E o Rei lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o fizestes
a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes’. Dirá então aos que
estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno,
preparado para o Diabo e os seus anjos. Porque tive fome e não Me destes de
comer; tive sede e não Me destes de beber; era peregrino e não Me recolhestes;
estava sem roupa e não Me vestistes; estive doente e na prisão e não Me fostes
visitar’. Então também eles Lhe hão-de perguntar: ‘Senhor, quando é que Te
vimos com fome ou com sede, peregrino ou sem roupa, doente ou na prisão, e não
Te prestámos assistência?’. E Ele lhes responderá: ‘Em verdade vos digo:
Quantas vezes o deixastes de fazer a um dos meus irmãos mais pequeninos, também
a Mim o deixastes de fazer’. Estes irão para o suplício eterno e os justos para
a vida eterna»."
Mt 25, 31-46
A Ti, Senhor, o louvor, a glória, a
honra e o poder, pelos séculos dos séculos sem fim. Ámen.
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