domingo, 25 de dezembro de 2016

NATAL DO SENHOR


Nas leituras de hoje, somos convidados a contemplar o Verbo de Deus, que se fez carne e veio habitar entre nós. Deixemo-nos cativar pelo Menino que nos revela Deus Amor.


Na 1ªleitura (Is 52, 7-10) o profeta Isaías desafia-nos a soltar brados de alegria, porque chegou até nós, ao mundo inteiro, a salvação do nosso Deus. O seu Filho muito amado, no qual pôs todo o seu enlevo, está connosco, habita em cada um de nós.


Na 2ªleitura (Hebr 1, 1-6) S.Paulo revela-nos Jesus, como a imagem perfeita do Pai, como o Filho Único de Deus: «Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei»? E ainda: «Eu serei para Ele um Pai e Ele será para Mim um Filho»? E de novo, quando introduziu no mundo o seu Primogénito, disse: «Adorem-n’O todos os Anjos de Deus».


No evangelho S.João leva-nos a perceber que «a transformação da "Palavra" em "carne" (na criança de Belém) é a espantosa aventura de um Deus que ama até ao inimaginável   e que, por amor, aceita revestir-se da nossa fragilidade, a fim de nos dar vida em plenitude. Neste dia, somos convidados a contemplar, numa atitude de serena adoração, esse incrível passo de Deus, expressão extrema de um amor sem limites. Acolher a "Palavra" é deixar que Jesus nos transforme, nos dê a vida plena, a fim de nos tornarmos,verdadeiramente, "filhos de Deus".

Pe. António Geraldo Dalla Costa CS

«No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, Ele estava com Deus. Tudo se fez por meio d’Ele e sem Ele nada foi feito. N’Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas e as trevas não a receberam. Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João. Veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. O Verbo era a luz verdadeira, que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem. Estava no mundo e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu. Veio para o que era seu e os seus não O receberam. Mas àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e de verdade. João dá testemunho d’Ele, exclamando: «É deste que eu dizia: ‘O que vem depois de mim passou à minha frente, porque existia antes de mim’». Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça sobre graça. Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer.»
Jo 1, 1-18



 
Obrigada Senhor pelo Teu imenso amor por cada um de nós. Vela por nós Menino Deus.

Natal 2016



Desejo a todos um Santo e Feliz Natal, na paz do Menino Deus.

domingo, 18 de dezembro de 2016

IV DOMINGO DO ADVENTO

As leituras de hoje falam-nos do cumprimento das promessas do Senhor Deus, com o envio do Salvador – Emanuel – Deus connosco  e centram-nos em duas figuras fundamentais, Maria e José.


Na 1ªleitura (Is 7, 10-14) Isaías esclarece-nos sobre quem enviará um sinal do cumprimento da promessa - o próprio Deus: «a virgem conceberá e dará à luz um filho e o seu nome será Emanuel». 



Na 2ªleitura (Rom 1, 1-7)  S. Paulo situa-nos em Jesus, o Filho de Deus, mas ao mesmo tempo da descendência de David, como a Boa Nova do Senhor prometida, através dos profetas: acerca de seu Filho, nascido, segundo a carne, da descendência de David, mas, segundo o Espírito que santifica, constituído Filho de Deus em todo o seu poder pela sua ressurreição de entre os mortos: Ele é Jesus Cristo, Nosso Senhor”.


O Evangelho é um convite a contemplarmos Maria e José, que, pela forma como deixaram que o Espírito Santo os habitasse, se tornaram totalmente disponíveis, para que Deus, através deles, realizasse o Seu plano de salvação para toda a humanidade. Deixemo-nos cativar pelo seu exemplo.
"O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo. Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo. Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo. Ela dará à luz um Filho e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados». Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara por meio do Profeta, que diz: «A Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado ‘Emanuel’, que quer dizer ‘Deus connosco’». Quando despertou do sono, José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua esposa."
Mt 1, 18-24


Virgem Maria e S. José ensinai-nos a dizer, sempre, sim a Deus.

domingo, 11 de dezembro de 2016

III DOMINGO DO ADVENTO

As leituras de hoje projetam-nos para a alegria de celebrarmos a presença de Deus no meio de nós. É verdade que o Filho de Deus já veio, mas nunca é demais trazermos, bem para o centro das nossas vidas, o nascimento do menino Deus, que realiza as profecias e demonstra o amor infinito de Deus, que abraça assim a nossa humanidade. E como esse dia se aproxima rapidamente, o coração enche-se de alegria.


A 1ª leitura (Is 35, 1-6a.10) é um texto lindíssimo e, ao mesmo tempo, verdadeiramente desafiador, pois somos convidados a fazer a nossa parte na construção de um mundo novo, que só em Jesus se tornou possível: «Tende coragem, não temais: “Aí está o vosso Deus, vem para fazer justiça e dar a recompensa. Ele próprio vem salvar-vos». Então se abrirão os olhos dos cegos e se desimpedirão os ouvidos dos surdos. Então o coxo saltará como um veado e a língua do mudo cantará de alegria.”


Na segunda leitura, S.Tiago recorre à agricultura, como exemplo, para nos ajudar a fortalecer o coração e a chegar ,com o verdadeiro espírito, ao dia de Natal.
"Irmãos: Esperai com paciência a vinda do Senhor. Vede como o agricultor espera pacientemente o precioso fruto da terra, aguardando a chuva temporã e a tardia. Sede pacientes, vós também, e fortalecei os vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima. Não vos queixeis uns dos outros, a fim de não serdes julgados. Eis que o Juiz está à porta. Irmãos, tomai como modelos de sofrimento e de paciência os profetas, que falaram em nome do Senhor."
Tg 5, 7-10


 No evangelho (Mt 11, 2-11)  estamos perante os sinais que confirmam que o mundo novo já chegou. É Jesus que no-los apresenta: «Ide contar a João o que vedes e ouvis: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e a Boa Nova é anunciada aos pobres. E bem-aventurado aquele que não encontrar em Mim motivo de escândalo». Assim, João confirma que Jesus é o Messias prometido, e que n'Ele se manifesta o amor de Deus para connosco. Por sua vez, Jesus fala de João e diz: «Que fostes ver ao deserto? Uma cana agitada pelo vento? Então que fostes ver? Um homem vestido com roupas delicadas? Mas aqueles que usam roupas delicadas encontram-se nos palácios dos reis. Que fostes ver então? Um profeta? Sim – Eu vo-lo digo – e mais que profeta. É dele que está escrito: ‘Vou enviar à tua frente o meu mensageiro, para te preparar o caminho’. Em verdade vos digo: Entre os filhos de mulher, não apareceu ninguém maior do que João Batista. Mas o menor no reino dos Céus é maior do que ele».


Senhor, que o meu coração se abra totalmente a ti. Ajuda-me, Mãe santíssima.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Solenidade da Imaculada Conceição
8 de dezembro de 2016


A Imaculada Conceição e a história de Portugal
"As Nações sobrevivem à erosão do tempo e permanecem vivas na história dos povos se prosseguirem na fecundidade que lhes vem da sua espiritualidade e da sua cultura. A diluição espiritual e cultural de um povo significará inevitavelmente a perca da sua identidade e a sua fusão num hoje sem futuro.

sábado, 3 de dezembro de 2016

II DOMINGO DO ADVENTO


Se na 1ª semana do advento fomos convidados a estar vigilantes, nas leituras de hoje somos desafiados a arrependermo-nos e à conversão de coração. Todas as leituras nos convidam ao arrependimento, mas este apelo é mais sentido, quando são homens de coração sincero, radical e todo entregue a Deus, como Isaías e S. João Batista, que no-lo propõem. Deixemo-nos interpelar por estas duas figuras típicas do Advento.


Na 1ªleitura (Is 11, 1-10) Isaías profetiza a vinda de um rebento da tribo de Jessé. Com esse rebento iniciar-se-á um mundo novo, um reino de paz e justiça, de harmonia e de coexistência pacífica entre o “lobo e o cordeiro”. E, como veremos no evangelho, em Jesus realizou-se a profecia de Isaías. Só que a profecia ainda não está completa, continua a cumprir-se hoje, porque o Senhor quis associar cada um de nós à implantação da boa nova do reino: amar cada um, que Ele põe no nosso caminho, como Jesus amou. Assim, o reino novo, iniciado por Jesus, precisa da nossa conversão dia a dia, para que, na plenitude dos tempos, Deus seja tudo em todos os seres viventes.


Na 2ªleitura (Rom 15, 4-9) S. Paulo, continuando a mesma linha da 1ªleitura, também nos lança um desafio: “. Acolhei-vos, portanto, uns aos outros, como Cristo vos acolheu, para glória de Deus.”


No evangelho é S.João Batista que nos faz um apelo direto ao arrependimento, à conversão, para assim acolhermos verdadeiramente o Menino Deus que vem ao nosso encontro. Escutemos João, com as portas do nosso coração abertas de par em par, para Jesus entrar e nos encher com o Seu Espírito.
“Naqueles dias, apareceu João Baptista a pregar no deserto da Judeia, dizendo: «Arrependei-vos, porque está perto o reino dos Céus». Foi dele que o profeta Isaías falou, ao dizer: «Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas’». João tinha uma veste tecida com pelos de camelo e uma cintura de cabedal à volta dos rins. O seu alimento eram gafanhotos e mel silvestre. Acorria a ele gente de Jerusalém, de toda a Judeia e de toda a região do Jordão; e eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. Ao ver muitos fariseus e saduceus que vinham ao seu batismo, disse-lhes: «Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir? Praticai ações que se conformem ao arrependimento que manifestais. Não penseis que basta dizer: ‘Abraão é o nosso pai’, porque eu vos digo: Deus pode suscitar, destas pedras, filhos de Abraão. O machado já está posto à raiz das árvores. Por isso, toda a árvore que não dá fruto será cortada e lançada ao fogo. Eu batizo-vos com água, para vos levar ao arrependimento. Mas Aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu e não sou digno de levar as suas sandálias. Ele batizar-vos-á no Espírito Santo e no fogo. Tem a pá na sua mão: há de limpar a eira e recolher o trigo no celeiro. Mas a palha, queimá-la-á num fogo que não se apaga».”
 Mt 3, 1-12

Senhor, que o meu coração se abra à ação da Tua Graça e se deixe amar por Ti. Converte-me Senhor.