XXX DOMINGO DO TEMPO COMUM
Nas leituras deste trigésimo
domingo do tempo comum, vemos como Deus, que é Misericórdia, que é Amor, escuta
todo aquele que d’Ele se aproxima de coração sincero. A súplica de um coração
humilhado e contrito é sempre acolhida pelo Senhor.
Na 1ªleitura (Sir 35, 15b-17.20-22a) somos
convidados a contemplar o modo de agir de Deus, face à súplica dos corações
atribulados e contritos, que d’Ele se aproximam. Deus nunca é indiferente ao
sofrimento dos seus filhos. Deus é Amor e, como tal, dá-se a todo o que lhe
abre o coração e se dispõe a recebê-Lo, neste Amor infinito que anseia por se
derramar sobre toda a humanidade, sem excluir ninguém. Ousemos acolhermo-nos
nos Seus braços e descansar a nossa cabeça no Seu peito. Entreguemos-Lhe tudo os
que nos preocupa e nos traz inquietos. Deixemo-nos amar por Ele. Como diz o
poema, deixemos que nos leve ao colo, mais ainda, quando a vida nos parece
demasiado pesada.
S.Paulo é o apóstolo do
Amor. Ele, no meio de prisões, perseguições e de toda a espécie de
contrariedades, continua a dar testemunho do Amor infinito de Deus por cada um
de nós, seus filhos queridos em Jesus ressuscitado. Em (2Tim 4, 6-8.16-18) faz uma
espécie de testamento e, ao mesmo tempo, revela uma lucidez e uma fé
inquebrantáveis: “Eu já estou oferecido em libação e o tempo da minha partida está
iminente. Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. E
agora já me está preparada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me
há-de dar naquele dia; e não só a mim, mas a todos aqueles que tiverem esperado
com amor a sua vinda.”
No Evangelho é o próprio
Jesus que, através de uma parábola, nos revela como Deus nunca deixa de atender
a oração, a súplica, de um coração humilhado e contrito. Deus espraia-se pelo
nosso ser, numa comunicação contínua do Seu Amor, de forma a chegar a toda a
humanidade e assim, um dia, na plenitude dos tempos, poder ser tudo em todos. Basta
abrir-Lhe as portas do nosso coração, de par em par, e deixá-Lo entrar. Deixemo-nos
repassar pelo Seu Amor, para que os que connosco caminham, na vida, também O
possam receber, se quiserem.
“Naquele tempo, Jesus disse a seguinte parábola para alguns que se consideravam justos e desprezavam os outros: «Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro publicano. O fariseu, de pé, orava assim: ‘Meu Deus, dou-Vos graças por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de todos os meus rendimentos’. O publicano ficou a distância e nem sequer se atrevia a erguer os olhos ao Céu; mas batia no peito e dizia: ‘Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador’. Eu vos digo que este desceu justificado para sua casa e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».”
Lc 18, 9-14
Senhor, tende compaixão de
mim, que sou pecadora.
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