sábado, 1 de outubro de 2016

XXVII DOMINGO DO TEMPO COMUM


As leituras de hoje levam-nos a questionarmo-nos sobre a dimensão da nossa fé. Esta é uma interrogação com que o homem, de todos os tempos e gerações, é confrontado diariamente, através do que transmitem as suas ações de cada dia. Afinal, o que, e o como se faz, falam mais alto do que aquilo que se diz.

Na 1ª leitura, deste domingo, (Hab 1, 2-3; 2, 2-4) é o profeta Habacuc quem coloca a Deus questões, que continuam a ser feitas ainda hoje. São perguntas que tantas vezes, ao longo da nossa vida, pomos, ou pusemos, a Deus. Somos assim, quando a nossa fé é posta à prova, duvidamos do amor de Deus, por cada um de nós e fazemos como Habacuc. Acreditemos que, como diz a leitura, Ele, ainda que pareça tardar, virá. O Senhor é sempre fiel, Ele ama sempre, e com amor eterno.


Na 2ªleitura (2 Tim 1, 6-8.13-14)  S. Paulo, ainda que se dirija especificamente a Timóteo, fala também para nós, homens e mulheres do séc.XXI. Faz-nos um apelo a deixarmos que Deus (Amor), pelo qual nos “apaixonámos” em dado momento da nossa história de vida, volte a ser a razão do nosso viver de forma a irradiar, a “aquecer”, a iluminar, quantos connosco palmilham os caminhos da vida.




No Evangelho os discípulos pedem a Jesus que lhes aumente a fé. E a forma como Jesus lhes responde é surpreendente: primeiro eleva a fasquia, ao comparar a fé ao grão de mostarda, que sendo uma semente tão pequenina se transforma, mais tarde, numa árvore de grande porte; depois, a parábola que conta, dá a verdadeira dimensão do que é estar ao serviço, isto é, que é amar sem medida, não esperando nada, mas mesmo nada, em troca. 

Naquele tempo, os Apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta a nossa fé». O Senhor respondeu: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: ‘Arranca-te daí e vai plantar-te no mar’, e ela obedecer-vos-ia. Quem de vós, tendo um servo a lavrar ou a guardar gado, lhe dirá quando ele voltar do campo: ‘Vem depressa sentar-te à mesa’? Não lhe dirá antes: ‘Prepara-me o jantar e cinge-te para me servires, até que eu tenha comido e bebido. Depois comerás e beberás tu’?. Terá de agradecer ao servo por lhe ter feito o que mandou? Assim também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: ‘Somos inúteis servos: fizemos o que devíamos fazer’. 

Lc 17, 5-10 

Senhor, eu creio em Ti, mas aumenta a minha pouca fé.

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