domingo, 16 de outubro de 2016

XXIX DOMINGO DO TEMPO COMUM


Há domingos em que é difícil encontrar o tema comum, que percorre as leituras escolhidas, para a liturgia do dia, mas hoje é diferente. A temática da oração, em que somos convidados a refletir, interpelados a viver, desafia claramente todo o nosso ser. A importância da comunhão com Deus, no mais íntimo do coração de cada homem, a transformação que opera naquele que se deixa transformar pelo imenso amor do Senhor, que é comunicado ao mundo, na relação amorosa que se estabelece entre o homem e Deus durante a oração, são realçadas nas leituras deste domingo. Eu acredito que a verdadeira oração tem uma força imensa, chega ao coração de Deus!


Na 1ª leitura (Ex 17, 8-13)  o que mais impressiona é a força da oração de Moisés. Como ele teve a ajuda de Aarão e de Hur, também nós somos desafiados a recorrer ao auxílio de outros, se necessário, para permanecermos em oração. Mais do que nunca, o pedido que Nossa Senhora fez em Fátima aos pastorinhos, de rezarem muito, continua atualíssimo. Não nos cansemos de orar ao Senhor.


S.Paulo indica-nos, na 2ª leitura  (2Tim 3, 14 – 4, 2) , a melhor fonte a que podemos recorrer, para fazermos face às dificuldades que sentimos em rezar: a Sagrada Escritura. 
"Desde a infância conheces as Sagradas Escrituras; elas podem dar-te a sabedoria que leva à salvação, pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura, inspirada por Deus, é útil para ensinar, persuadir, corrigir e formar segundo a justiça."


No Evangelho Jesus conta-nos uma parábola que demonstra a necessidade de insistir e perseverar na oração. Quanto mais dialogamos e estamos em união com Deus na oração, tanto mais aprendemos a entregarmo-nos nos seus braços e a confiarmos n’Ele. Deixemo-nos  cativar por Ele, pois nunca nos deixa sós e está sempre atento às nossas súplicas. Ele nunca passa sem nos escutar. Depois faz sempre o que for melhor para nós. Não fez assim o juíz iníquo, quanto mais não fará Deus por nós!

"Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos uma parábola sobre a necessidade de orar sempre sem desanimar: «Em certa cidade vivia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. Havia naquela cidade uma viúva que vinha ter com ele e lhe dizia: ‘Faz-me justiça contra o meu adversário’. Durante muito tempo ele não quis atendê-la. Mas depois disse consigo: ‘É certo que eu não temo a Deus nem respeito os homens; mas, porque esta viúva me importuna, vou fazer-lhe justiça, para que não venha incomodar-me indefinidamente’». E o Senhor acrescentou: «Escutai o que diz o juiz iníquo!... E Deus não havia de fazer justiça aos seus eleitos, que por Ele clamam dia e noite, e iria fazê-los esperar muito tempo? Eu vos digo que lhes fará justiça bem depressa. Mas quando voltar o Filho do homem, encontrará fé sobre a terra?»." 
  Lc 18, 1-8 



Senhor, ensina-me a rezar.

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