sábado, 30 de janeiro de 2016

IV DOMINGO DO TEMPO COMUM


A 1ª leitura e o evangelho deste domingo falam-nos da dificuldade em anunciar a Palavra de Deus, exemplificam-nos como é difícil ser profeta, ser homem de Deus, em qualquer época da história humana. A 2ª leitura faz a ponte entre as outras leituras, pois só quem ama assim, como S.Paulo nos mostra, é que pode ser profeta.


Nesta 1ªleitura (Jer 1, 4-5.17-19)  Deus dá a Jeremias a garantia de que foi Ele que o escolheu para a Missão, com palavras únicas, com uma força sem igual: 

«Antes de te formar no ventre materno, Eu te escolhi; antes que saísses do seio de tua mãe, Eu te consagrei e te constituí profeta entre as nações. ...Hoje mesmo faço de ti uma cidade fortificada, uma coluna de ferro e uma muralha de bronze, diante de todo este país, dos reis de Judá e dos seus chefes, diante dos sacerdotes e do povo da terra. Eles combaterão contra ti, mas não poderão vencer-te, porque Eu estou contigo para te salvar»

É também assim connosco, Deus nunca desiste de nós, o segredo está em escutar a sua Palavra, em perceber que Ele está lutando connosco, que nunca nos deixa sozinhos. Afinal foi Ele quem nos formou e nos escolheu desde sempre, quem nos amou primeiro.


Esta leitura de S.Paulo (Cor 12, 31 – 13, 13)  é para mim um dos mais belos textos que conheço. Porquê? Nem sei explicar bem, mas sempre que escuto esta leitura penso que só Deus nos ama assim, só Ele é este amor de que fala S. Paulo. Deus é o Amor! É assim que vejo o amor de Deus por cada ser humano. S.Paulo sabe bem do que fala, ele é dos que se deixou repassar totalmente por Deus e, por isso, fez esta experiência do Amor. Só quem faz esta comunhão tão grande com Deus, quem vive d'Ele, pode falar assim da misericórdia divina, do Amor de Deus.

"Vou mostrar-vos um caminho de perfeição que ultrapassa tudo: Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como bronze que ressoa ou como címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu possua a plenitude da fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. Ainda que distribua todos os meus bens aos famintos e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada me aproveita. A caridade é paciente, a caridade é benigna; não é invejosa, não é altiva nem orgulhosa; não é inconveniente, não procura o próprio interesse; não se irrita, não guarda ressentimento; não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O dom da profecia acabará, o dom das línguas há-de cessar, a ciência desaparecerá; mas a caridade não acaba nunca."


Neste Evangelho (Lc 4, 21-30)  somos desafiados a olhar para Jesus e a acolhê-Lo como o Messias. Ele é mais do que um profeta, é o Filho de Deus, é o próprio Deus que nos habita. Porque nos ama, veio até nós para nos dar a Vida, para nos revelar o Amor do Pai, o Seu Amor, por cada um de nós. Ele é o Amor, a Caridade de que fala S.Paulo na 2ª leitura, tal qual ele escreve.


Vem Senhor Jesus, vem ao meu coração e à minha alma, repassa-me com o Teu Amor.

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