sábado, 28 de novembro de 2015

ANO C

I DOMINGO DO ADVENTO


Iniciamos hoje um novo ano litúrgico - Ano C - em que teremos como companheiro, nesta escola da vida,  o evangelista S. Lucas. 

As leituras deste 1º Domingo do Advento falam-nos dos novos tempos, que hão de vir, em que viveremos na alegria de Deus, pelo que somos desafiados a viver hoje na esperança em dias melhores, apesar dos nossos tempos serem como são...


Na 1º leitura (Jer 33, 14-16) o profeta Jeremias promete, ao povo de Israel e à casa de Judá, que o Senhor Deus fará germinar, no meio deles, um rebento que exercerá a justiça e o direito na terra.


Na 2ª leitura S. Paulo ajuda-nos a perceber o que é essencial para vivermos bem o Advento, que hoje começamos: crescer na caridade de uns para com os outros e para com todos. É este o caminho que nos é proposto para nos prepararmos para o Natal.

"Irmãos: O Senhor vos faça crescer e abundar na caridade uns para com os outros e para com todos, tal como nós a temos tido para convosco. O Senhor confirme os vossos corações numa santidade irrepreensível, diante de Deus, nosso Pai, no dia da vinda de Jesus, nosso Senhor, com todos os santos. Finalmente, irmãos, eis o que vos pedimos e recomendamos no Senhor Jesus: recebestes de nós instruções sobre o modo como deveis proceder para agradar a Deus e assim estais procedendo; mas deveis progredir ainda mais. Conheceis bem as normas que vos demos da parte do Senhor Jesus."
1 Tes 3, 12 – 4, 2



O evangelho (Lc 21, 25-28.34-36) fala-nos do dia em que o Senhor libertará o seu povo, numa linguagem apocalíptica. As imagens utilizadas destinam-se a despertar em nós uma atitude de confiança no Senhor que já veio e está presente em cada um de nós. Se nos deixarmos habitar por Ele os nossos sentimentos só poderão ser de amor aos irmãos, pois reconheceremos neles Jesus Amor. 
Creio ser esta a atitude que hoje nos é pedida, para nos prepararmos para a festa do nascimento de Jesus.


Senhor inunda-me do teu Amor, para que em Ti ame todos os que pões no meu caminho.

sábado, 21 de novembro de 2015

SOLENIDADE DE JESUS CRISTO REI


As leituras de hoje são um convite a olharmos para Jesus como o Filho de Deus que nos torna próximo  Deus Amor. E, sendo Ele o Rei, traz até nós essa realeza, que se traduz numa soberania de Amor. Com Jesus, Deus passa a habitar-nos, a ser um connosco, a amar em nós.


Na 1ª leitura (Dan 7, 13-14), ao longo do sonho do profeta Daniel, somos conduzidos até ao Filho de Homem a quem o Ancião entregou o poder, a honra e a realeza sobre toda a humanidade. A profecia realiza-se plenamente em Jesus, embora o reino continue em construção ainda hoje, através do testemunho dos que acreditam em Jesus.


Na 2ª leitura o autor sagrado centra-nos em Jesus como o Senhor do Universo, como aquele que assegura a nossa existência para além do tempo e da história. No encontro com Jesus, que é o Amor, encontraremos as forças para vivermos de Deus em cada momento da nossa vida, para n'Ele darmos testemunho do quanto Deus ama cada uma das pessoas com quem convivemos na família, no trabalho, nos momentos de convívio social e de lazer...


"Jesus Cristo é a Testemunha fiel, o Primogénito dos mortos, o Príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama e pelo seu sangue nos libertou do pecado e fez de nós um reino de sacerdotes para Deus seu Pai, a Ele a glória e o poder pelos séculos dos séculos. Amen. Ei-l’O que vem entre as nuvens, e todos os olhos O verão, mesmo aqueles que O trespassaram; e por sua causa hão-de lamentar-se todas as tribos da terra. Sim. Amen. «Eu sou o Alfa e o Ómega», diz o Senhor Deus, «Aquele que é, que era e que há-de vir, o Senhor do Universo»."

Ap 1, 5-8



No Evangelho (Jo 18, 33b-37) Jesus confirma a sua realeza e explica-nos que esta não tem nada a ver com o significado que lhe damos habitualmente. A soberania de Jesus é de outra natureza, pois, no seu exercício, dá-se por nosso amor, para que cada ser humano possa ser feliz. Na doação, na entrega,no serviço, no amor Jesus é rei. 

Na história de Jesus é possível ver, tocar,sentir,seguir Deus, tal é a Sua união com o Pai. Dessa comunhão amorosa recebemos um amor sem fim, que nos enche e nos torna a todos irmãos em Jesus. 



Obrigada Senhor pelo teu imenso amor por cada ser humano.

sábado, 14 de novembro de 2015

XXXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM 


Como estamos a terminar este ano litúrgico, as leituras, destes dois últimos domingos, ajudam-nos a entrar e permanecer numa atitude de esperança, face aos acontecimentos apocalíticos que os "últimos tempos" trazem consigo. E, infelizmente, a trágica noite de ontem em Paris, é um exemplo, demasiado terrível, de como esta atmosfera apocalítica se concretiza nos nossos dias, ainda que estes não sejam os últimos. Que as leituras de hoje nos ajudem a viver, em Cristo, esta dura realidade.


Na 1ª leitura ( IDan 12, 1-3) o profeta Daniel anima o povo de Israel, que se encontrava sob o domínio dos gregos, a perseverar nas verdades da sua fé. Fundamenta, a exortação que lhes faz, na certeza de que Deus enviará um salvador, Miguel, o grande chefe dos anjos,  que protegerá os que permanecerem fiéis a Deus. Mesmo contra ventos e marés deixemo-nos animar pelas palavras de Daniel, pois como veremos, nas outras duas leituras de hoje, a profecia cumpriu-se, em Jesus.

Na 2ª leitura S.Paulo apresenta-nos Jesus como mediador entre Deus e os homens.  Jesus, de uma única vez, oferece-se a Si mesmo e livra-nos do pecado e da morte. Ficou feito para sempre. Jesus dá-nos o caminho de um mundo novo rumo à vida eterna.

"Todo o sacerdote da antiga aliança se apresenta cada dia para exercer o seu ministério e oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca poderão perdoar os pecados. Cristo, ao contrário, tendo oferecido pelos pecados um único sacrifício, sentou-Se para sempre à direita de Deus, esperando desde então que os seus inimigos sejam postos como escabelo dos seus pés. Porque, com uma única oblação, tornou perfeitos para sempre os que Ele santifica. Onde há remissão dos pecados, já não há necessidade de oblação pelo pecado."
Hebr 10, 11-14.18


No Evangelho (Mc 13, 24-32) S. Marcos escreve para as primeiras comunidades que , tal como nós hoje, em pleno séc. XXI, viviam tempos de incerteza, de insegurança, de medo. Problemas e dificuldades sempre houve e haverá, mas nós temos a certeza de que Jesus já venceu a morte e intercede por nós continuamente junto do Pai.  Mesmo quando tudo nos parece negro acreditemos no Seu Amor Misericordioso por cada um de nós. Deixemo-nos amar por Ele. Em Jesus também  nós venceremos a morte. Quando e como, só Deus o sabe.


Senhor, peço-te em especial pelos que foram vítimas do terrorismo em Paris, para que:  os que partiram encontrem em Ti o descanso eterno; os que ficaram feridos sejam curados; os familiares encontrem apoio, solidariedade e amor no seu sofrimento. Que, no meio de tanta dor, sintam o quanto são amados por Ti. Ajuda-os Senhor!

sábado, 7 de novembro de 2015

XXXII DOMINGO DO TEMPO COMUM


E o tempo vai voando. Vamo-nos aproximando velozmente do final deste ano litúrgico. Daqui a três semanas já entramos no Advento! 
Hoje, o tema "dar", "dar tudo", "dar-se na totalidade", sobressai, claramente, nas leituras da liturgia dominical. E, nos exemplos apresentados, quem dá mais são mulheres em situação de muita fragilidade e grande pobreza. Um coração verdadeiramente pobre é sempre solidário e generoso, porque se apoia em Deus, que é Amor.


O que mais me impressiona na 1ª leitura (1Reis 17, 10-16) é a confiança da viúva na palavra de Deus, que lhe é transmitida pelo profeta Elias. Ela faz exatamente o que o homem de Deus lhe pede e, porque de coração se entregou, nada lhe faltou. 


E o melhor exemplo que podemos ter, sobre o que é doar-se totalmente, dá-no-lo S. Paulo na 2ª leitura (Hebr 9, 24-28) : Jesus, o Filho de Deus, em pessoa, "manifestou-Se uma só vez, na plenitude dos tempos, para destruir o pecado pelo sacrifício de Si mesmo". Deus ama-nos duma forma tal, que ultrapassa toda a capacidade do nosso entendimento.


Deu do que lhe fazia falta, deu tudo o que tinha. Dito isto,não há mais nada a acescentar.

"Naquele tempo, Jesus ensinava a multidão, dizendo: «Acautelai-vos dos escribas, que gostam de exibir longas vestes, de receber cumprimentos nas praças, de ocupar os primeiros assentos nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes. Devoram as casas das viúvas, com pretexto de fazerem longas rezas. Estes receberão uma sentença mais severa». Jesus sentou-Se em frente da arca do tesouro a observar como a multidão deitava o dinheiro na caixa. Muitos ricos deitavam quantias avultadas. Veio uma pobre viúva e deitou duas pequenas moedas, isto é, um quadrante. Jesus chamou os discípulos e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Esta pobre viúva deitou na caixa mais do que todos os outros. Eles deitaram do que lhes sobrava, mas ela, na sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver»."
Mc 12, 38-44



Senhor, dá-me um coração grande para amar.