sábado, 29 de agosto de 2015

 XXII DOMINGO DO TEMPO COMUM


As leituras deste domingo conduzem-nos por um caminho diferente do da sociedade civil, pois nele o que vigora é a lei do Amor de Deus.Os preceitos, que o Senhor nos dá, têm como finalidade a conversão do nosso coração, de forma a descobrirmos e a deixarmo-nos invadir pelo Amor do Pai.


Moisés, na 1ª leitura (Dt 4, 1-2.6-8) salienta a sabedoria e  a prudência que a lei de Deus nos leva a viver, quando a pomos em prática. Desperta-nos ainda para o que de mais belo esta lei veio demonstrar:"Qual é, na verdade, a grande nação que tem a divindade tão perto de si como está perto de nós o Senhor, nosso Deus, sempre que O invocamos? " É, sem dúvida, esta a maravilha do nosso Deus, nunca nos deixar sós, amar-nos sempre, sempre, sempre, assim o nosso coração se abra ao Seu Amor. O profeta tem razão, a esta lei, que só conduz ao verdadeiro Amor, não é preciso acrescentar mais nada.


Começámos hoje a escutar S. Tiago, que a meu ver, é extremamente prático, pois diz-nos que , na nossa vida do dia a dia, o cumprimos o que escutamos na Palavra de Deus, passa pela realização de atos concretos, palpáveis e não apenas por ouvir e afirmar belas frases. O que dizemos tem de ser coerente com o que fazemos. O pedido do papa Francisco para irmos até às periferias, também passa por aqui:
"Caríssimos irmãos: Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto, descem do Pai das luzes, no qual não há variação nem sombra de mudança. Foi Ele que nos gerou pela palavra da verdade, para sermos como primícias das suas criaturas. Acolhei docilmente a palavra em vós plantada, que pode salvar as vossas almas. Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes, pois seria enganar-vos a vós mesmos. A religião pura e sem mancha, aos olhos de Deus, nosso Pai, consiste em visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e conservar-se limpo do contágio do mundo."
Tg 1, 17-18.21b-22.27


No Evangelho (Mc 7, 1-8.14-15.21-23) é o próprio Jesus que nos alerta para o facto de que cumprir a lei exige muito mais do que se ficar pela prática de rituais. Pior ainda quando, para além de respeitarmos apenas os aspetos exteriores, nos tornamos fanáticos dos mesmos, julgando os outros pelo não cumprimento integral dos rituais criados, mas que, bem analisados, não têm a ver com a essência da própria lei. Só o Senhor sabe o que vai no coração de cada homem e Ele, mesmo conhecendo-nos no mais íntimo de nós mesmos, continua a amar-nos infinitamente. Assim diz-nos Jesus: «Escutai-Me e procurai compreender. Não há nada fora do homem que ao entrar nele o possa tornar impuro. O que sai do homem é que o torna impuro; porque do interior do homem é que saem as más intenções: imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, cobiças, injustiças, fraudes, devassidão, inveja, difamação, orgulho, insensatez. Todos estes vícios saem do interior do homem e são eles que o tornam impuro». Cabe-nos a nós deixar que Ele inunde o nosso coração do Seu Amor.


Ó Senhor Jesus concede-me o dom da conversão e enche o meu coração do Teu Amor.

Sem comentários:

Enviar um comentário