sábado, 22 de fevereiro de 2014

AMAI OS VOSSOS INIMIGOS...


Eis-nos chegados ao VII Domingo do tempo comum. 

Hoje Jesus desafia-nos a dar a face direita quando alguém nos bate na esquerda, a dar o manto quando alguém nos pede a túnica... A ir sempre para além de todas as medidas, a amar sempre mais e mais, a entregarmo-nos sem reservas seja quem for aquele com quem estamos, amigo, ou inimigo. 

  "Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem, para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos. Se amardes aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem a mesma coisa os publicanos? E se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos? Portanto, sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito"
 Mt 5, 43-48
Jesus, no evangelho, faz-nos uma proposta verdadeiramente radical: "amai os vossos inimigos" e "sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito"
Só n'Ele é possível percorrer o caminho de Amor em direção ao Pai. Só em Jesus amamos os outros com Deus nos ama!


Jesus traz-nos um projeto de vida completamente novo, louco aos olhos dos homens, mas único aos olhos de Deus.

Senhor, ensina-me a amar os outros como Tu queres.
Querida Mãe do Céu guia-me nesta caminhada, ensina-me a amar sempre, sejam quais forem as circunstâncias da vida.


O culto do Papa Francisco 

Artigo escrito na revista Visão, por Gil Teixeira, Advogado,17:21 Domingo, 15 de Dezembro de 2013
 A vida


Antes de partirmos todos temos o mesmo pensamento, tivemos duas vidas, uma vivida e outra por viver.


A partida impede-nos de viver a vida que não vivemos, e de forma diferente a vivida.


Os bruxos, os cartomantes Paulos Cardosos, e os seus pares deviam de saber que se a vida não fosse um mistério não seria vida.


Uma vezes cola-nos asas outras tiras-lhe a cola.


Voar sem cola é um privilégio dos eleitos.


A maioria, os não-eleitos, terão tantas probabilidades de subir como de descer, e a humildade é o seu porto de abrigo.


É a vida e a vida espiritual também é vida.


Todos os cultos devem ser respeitados, e a humanidade, desde as suas andanças entre as cavernas e a luz, e em sentido contrário, quiçá por temor da luz, ou por desconhecer os efeitos secundários da luz na mente, agasalhada no politeísmo, mais ou menos mitigado, se quisermos o monoteísmo, tem convivido com uma grande galeria de divindades, relíquias, objetos de culto, e até vacas sagradas.


Duvida-se que seja esse o projeto do criador da criatura e do universo.


A criatura deve desejar os efeitos da luz.


Valha-nos que na vida espiritual coletiva o Papa Francisco continua a marcar pontos sociais, à esquerda e à direita políticas, e por isso foi eleito "a pessoa do ano" pela revista "Time". 


Sobre o Papa Francisco considerou o Prof. Leonardo Boff que; "Muitos têm-se perguntado que pelo fato de o atual papa Francisco provir da América Latina seja ele um adeto da teologia da libertação. Esta questão é irrelevante. O importante não é ser da teologia da libertação, mas da libertação dos oprimidos, dos pobres e injustiçados. E isso ele o é com indubitável claridade."


As palavras do Prof. Leonardo Boff dirigidas ao Papa Francisco adquirem particular importância vindas sobretudo dum expoente máximo da teologia da libertação.


Com o devido respeito penso que toda a teologia não é concebível sem a liberdade, física e intelectual, do indivíduo, a razão.


É de lamentar que a maioria das religiões não tenham tido suficiente fé, e que se tenha deixado vencer pela razão, e aberto mão do criacionismo, - pondo de parte a fantasia dos avoengos Adão e Eva, - em primazia da anacrónica teoria evolucionista das espécies propalada por Charles Darwin, e seus seguidores.


O transcendente, é algo do interior da pessoa, e pode ser alcançado quer pela fé, quer pela razão.


Os dogmas são algo contra o "labor" transcendental, consubstanciada no ser humano. Por sua vez o ateísmo, ou agnosticismo, ou ceticismo, é uma consequência do maniqueísmo religioso, e que serve os interesses egoístas de muitos religiosos(?), sem esquecer os fundamentalismos, e os fundamentalistas.


Em rigor um ateu é um crente tão convicto como um beato, com a diferença que o primeiro crê no intranscendente e o segundo no transcendente.


Ambos são criaturas obra do criador, e como tal não podem ser maus ou bons porque têm convicções diferentes.


Na verdade Deus não pode existir ou inexistir em função das crenças dos mortais.


O transcendente é algo real, que existe, embora impalpável e invisível, e não é pertença de nenhuma religião ou de nenhum mortal, seja muito ou pouco crente na instranscendência, ou transcendência.


Tudo isto para dizer que estou um pouco com o Prof. Leonardo Boff quando este coloca a substância acima da forma, o conteúdo da teologia da libertação sobre o seu formalismo.


Porém, sendo o Papa Francisco o autor duma encíclica dificilmente não será ou deixará de ser um teólogo.


Recentemente, num programa noturno, um pouco apalermado, na televisão da "rtp" da Fátima qualquer-coisa, "prós e contras", paga pelos contribuintes, e que por isso reivindica o estatuto de "serviço público", como se a "sic", e a "tvi" não fizessem um verdadeiro serviço público, grátis(!), em jeito de tertúlia que não aquece nem arrefece, abordou-se um falso tema; "A revolução do Papa Francisco", com a intervenção de várias figuras de proa nestas, e noutras andanças, onde pontuou Freitas do Amaral com brilhantismo. 


O título dado ao programa é capcioso porque veste o Papa Francisco com a farda do guerrilheiro "Che" da América Latina, o que é uma parvoíce, e até ofende o trabalho que o bispo-mor de Roma tem vindo a fazer desde que substituiu João Paulo II, tendo em conta que Ratzinger foi mais um líder de circunstância enquanto não se encontrou o substituto do segundo.



Tem o seu interesse assinalar que no referido programa-tertúlia televisivo o padre e professor de filosofia Anselmo Borges tenha dito a quem o viu e ouviu que o Papa Chico, como carinhosamente lhe chamam, tem de converter os bispos e os padres católicos, o que faz supor que estes não são suficientemente crentes ou praticantes do catolicismo, e que afasta a intervenção de um dos participantes na tertúlia quando proclamou que os não-crentes, seja isso o que for, porque todos somos crentes em algo, nem que seja a "bóson", estavam sedentos de fé(?!...).


 A razão pode emparelhar com a fé, e podem andar de mãos juntas e nada justifica o seu divórcio desde o século XVII até aos dias de hoje. 


Deus "é" a ciência, e não existe Deus "e" a ciência. Deus "é" o bigue bangue.


Sendo verdade que o Papa Chico tenha também dito a Eugenio Scalfari, do jornal italiano "La Reppublica", em Outubro passado que; "não há Deus católico, só há um Deus", o pai, que é a luz e o Criador", o que, a meu ver, faz todo o sentido do mundo, e dos arredores, porque acaba com o maniqueísmo religioso e todas as guerras religiosas, aquele faz ainda jus à sua devoção a Cristo quando este expulsou os vendilhões do Templo, segundo Lucas 19:46, "A minha casa é casa de oração; mas vós fizestes dela covil de salteadores."


Portanto, o Papa Chico apenas tem sido coerente consigo, e com as suas raízes, - a Igreja de Roma nunca será a mesma, findos dois milénios renovar-se-á, - e com a sua devoção ou lealdade religiosa a Cristo, e não vale a pena colá-lo a Guevera ou ao avô Marx.


Os poderes temporais e todos os humanos devemos estar atentos às palavras e à ação do Papa Chico em todos os domínios, seja religioso, social, económico e político e cultural.Os vendilhões é que podem estar um pedacinho preocupados, embora a fogueira esteja apagada.

Gil Teixeira

domingo, 16 de fevereiro de 2014

A LEI



Hoje tenho mesmo muita dificuldade em optar por uma das leituras, pois para além do Evangelho, em que Jesus nos começa a explicar os mistérios da Lei de Deus, ao escutar a primeira leitura deste VI Domingo, a minha alma agradece ao Senhor, porque na sua infinita sabedoria, nos criou livres para escolhermos entre o fogo e a água que põe diante de nós em cada dia. 

 
No Evangelho Jesus explica-nos que não veio revogar os mandamentos da Lei, que esta é mesmo para cumprir, não apenas exteriormente como os escribas e fariseus faziam, mas com o coração, a mente, em suma, envolvendo todo o nosso ser. Com Jesus a Lei já não se limita a ser apenas um conjunto de normas a cumprir, vai muito mais além, pois só n'Ele, Único Amor, tem pleno cumprimento. N'Ele a Lei assume outro sentido, passa a ser caminho amoroso para Deus,  tal como, com Ele, a Cruz se transformou em vitória sobre a morte.
 

Decido-me pela 2ª leitura, pois nela S. Paulo fala-nos da sabedoria de Deus, de uma forma tal, que o meu coração fica sem palavras. Ó delícia divina, ó amor sem fim! Deus é assim.

Bendito seja Deus.

"Irmãos: Nós falamos de sabedoria entre os perfeitos, mas de uma sabedoria que não é deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que vão ser destruidos. Falamos da sabedoria de Deus, misteriosa e oculta, que já antes dos séculos Deus tinha destinado para a nossa glória. Nenhum dos príncipes deste mundo a conheceu; porque se a tivessem conhecido, não teriam crucificado o Senhor da glória. Mas, como está escrito, «nem os olhos viram, nem os ouvidos escutaram, nem jamais passou pelo pensamento do homem o que Deus preparou para aqueles que O amam». Mas a nós Deus o revelou por meio do Espírito Santo, porque o Espírito Santo penetra todas as coisas, até o que há de mais profundo em Deus."
1 Cor 2, 6-10

Obrigada Senhor pelo imenso amor que nos tens.
Mãe ensina-me a amar teu Filho como o amaste tu.

sábado, 8 de fevereiro de 2014



V DOMINGO DO TEMPO COMUM

Jesus continua a ensinar-nos as verdades do Reino de Deus. 

Nas leituras de hoje somos confrontados com o nosso ser cristão na vida:

Será que deixamos que a Luz de Deus nos habite e ilumine aqueles com quem convivemos? Somos o raio de sol que ilumina o nosso dia a dia? Damos mesmo "sabor" ao que fazemos? O dia tem mais gosto quando estamos presentes?

Perante as dificuldades deixamos que as nuvens tapem o sol e os seus raios não cheguem a surgir? Nessas alturas esmorecemos e desanimamos, somos mais um como os outros, ou fazemos a diferença?


"Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Vós sois o sal da terra. Mas se ele perder a força, com que há-de salgar-se? Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa. Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus»."

                                                                                                                                               Mt 5, 13-16 Senhor ilumina-me, sê o meu sol em todos os momentos da vida. 
Mãe Santíssima guia-me neste caminho para Teu Filho. 

sábado, 1 de fevereiro de 2014

APRESENTAÇÃO DO SENHOR



Passaram mais ou menos 40 dias desde que celebrámos o nascimento de Jesus. A lei religiosa do povo de Israel determina que é chegada a altura da purificação de Maria e da apresentação de Jesus no templo. 

Do evangelho deste domingo

"Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino para cumprirem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito, Simeão recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus, exclamando:
«Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo»."

Lc 2, 27-32
 Aspetos a reter:

 Jesus, o Filho Amado de Deus,  cumpriu as prescrições da lei judaica, como qualquer filho de Israel. Também Nossa Senhora seguiu os preceitos da lei israelita. Não invocaram tratamento especial ...

Simeão, homem já idoso, que vivia segundo o Espírito Santo na esperança de ver o Messias, encontra-O e irrompe num louvor a Deus cheio de amor... Está pronto para olhar Deus face a face.


Ana, também já com bastante idade, totalmente entregue a Deus, reconhece Jesus como o Filho de Deus e a partir daí não perde uma oportunidade de O anunciar. O seu coração não consegue calar o anúncio do nascimento do Filho de Deus.

Seus pais participam e assistem preplexos ao que se passa, por certo guardando nos seus corações o que não entendem e entregando tudo a Deus.

Jesus vai crescendo em sabedoria e na graça de Deus.

Senhor que o meu coração se deixe amar totalmente por Ti.
 Mãe Santíssima ilumina-me e guia-me.