sábado, 27 de setembro de 2014

XXVI DOMINGO DO TEMPO COMUM


Podemos dizer que nas leituras deste domingo Jesus continua a ensinar-nos a viver em Igreja. Ainda que algumas pessoas entendam que a igreja não é necessária , é n'Ela que nascemos como filhos de Deus e que aprendemos a viver como irmãos de Jesus. Mais ainda, é por Cristo e com Cristo que chegaremos ao Pai. E se todas as leituras nos desafiam a sairmos de nós próprios e a deixarmo-nos repassar pelo Amor de Deus, as de hoje pedem-mos verdade e sinceridade nas opções que tomamos e empenho, retidão e persistência nos caminhos que escolhemos. 

Que seja uma vida de verdade, sem meias tintas, toda entregue a um Amor Maior.



É assim que S.Paulo hoje nos apresenta Jesus como Aquele que todo se dá, todo se entrega por Amor ao Pai, para que n'Ele possamos encontrar o caminho para Deus. É um texto tão belo, mas ao mesmo tempo tão exigente, que só a certeza de que em Jesus é possível viver deste modo, em Igreja, nos faz ficar e dizer sim. 

"Irmãos: Se há em Cristo alguma consolação, algum conforto na caridade, se existe alguma comunhão no Espírito, alguns sentimentos de ternura e misericórdia, então completai a minha alegria, tendo entre vós os mesmos sentimentos e a mesma caridade, numa só alma e num só coração. Não façais nada por rivalidade nem por vanglória; mas, com humildade, considerai os outros superiores a vós mesmos, sem olhar cada um aos seus próprios interesses, mas aos interesses dos outros. Tende em vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus. Ele, que era de condição divina, não Se valeu da sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a Si próprio. Assumindo a condição de servo, tornou-Se semelhante aos homens. Aparecendo como homem, humilhou-Se ainda mais, obedecendo até à morte, e morte de cruz. Por isso, Deus O exaltou e Lhe deu um nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus todos se ajoelhem, no céu, na terra e nos abismos, e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai."

 Filip 2, 1-11


Senhor Jesus eu creio em Ti, mas aumenta a minha fé.

domingo, 21 de setembro de 2014

XXV DOMINGO DO TEMPO COMUM


Ao escutar as leituras de hoje, somos convidados a olhar para Deus de uma forma diferente do habitual, isto é, Deus está sempre para lá do que possamos pensar d'Ele. Deus não age, nem pensa como nós, porque o Senhor ama cada um dos seus filhos com um Amor infinito e igual para todos. 

"Procurai o Senhor, enquanto se pode encontrar, invocai-O, enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho e o homem perverso os seus pensamentos. Converta-se ao Senhor, que terá compaixão dele, ao nosso Deus, que é generoso em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos são os meus – oráculo do Senhor –. Tanto quanto o céu está acima da terra, assim os meus caminhos estão acima dos vossos e acima dos vossos estão os meus pensamentos."
Is 55, 6-9

Vem isto a propósito de quê? Sobretudo do Evangelho. Sim, porque na lógica da produtividade e da competitividade do mundo do trabalho, que hoje vivemos, o Evangelho deste domingo é contrário a tudo o que é defendido, seja por patrões, sindicatos, ou trabalhadores. 


É caso para dizer, verdadeiramente Deus não pensa como nós homens, Deus simplesmente ama e ama tanto o trabalhador da primeira hora, como o da última. Mais, Deus convida todos, não exclui ninguém do seu reino de amor. A todos convida e oferece-se todo, sem fazer seleções de qualquer espécie. 

Bem precisamos de abrir os nossos corações a este Deus que age assim para com todos, amando sempre e infinitamente cada um dos seus filhos.

Senhor converte-me a esta tua forma de viver.

domingo, 14 de setembro de 2014

XXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM


A Igreja celebra hoje a festa da Exaltação da Santa Cruz. Não parece muito salutar celebrar um instrumento de morte e, no entanto, a cruz é para nós, cristãos, um trono de glória. Porquê? Porque nos revela até que ponto cada um de nós é amado por Deus. Como o sabemos? 


As 3 leituras de hoje ajudam-nos na revelação de tanto Amor por toda a Criação. Mas o Evangelho é a que mais claramente no-lo afirma e fá-lo através de Jesus, o Verbo incarnado.

"Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 

«Ninguém subiu ao Céu senão Aquele que desceu do Céu: o Filho do homem. Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna. 
Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele»."

Jo 3, 13-17


Jesus, só sendo o Filho de Deus podia ter vencido a morte! Assim a Cruz a partir desse momento passa a ser árvore de vida. A serpente de bronze da primeira leitura é, no Evangelho, o Filho Único de Deus e basta dirigir para Ele o nosso olhar para ficarmos curados.


Cura Senhor todos os que estão doentes!

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

XXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM


Estar com os outros, em Igreja, parece-me ser o tema comum das leituras deste domingo. Nos tempos em que a comunicação se tornou global, em que as redes sociais permitem a formação de meetings em tempo record, nunca o homem esteve tão só. A dificuldade em comunicarmos uns com os outros é enorme: vizinhos, que vivendo lado a lado, não se conhecem, idosos que morrem sozinhos e ninguém dá pela sua falta durante anos,... situações impensáveis há uns anos atrás. 
Mas as leituras de hoje vão ainda mais longe, pois falam-nos do viver em Igreja, da solidariedade, caridade e responsabilidade na correção fraterna. Isto sim é estarmos uns com os outros e cuidarmos uns dos outros.

Escutemos S. Paulo

"Irmãos: Não devais a ninguém coisa alguma, a não ser o amor de uns para com os outros, pois, quem ama o próximo, cumpre a lei.
De facto, os mandamentos que dizem: «Não cometerás adultério, não matarás, não furtarás, não cobiçarás», e todos os outros mandamentos, resumem-se nestas palavras:
               «Amarás ao próximo como a ti mesmo».
A caridade não faz mal ao próximo. A caridade é o pleno cumprimento da lei."

Rom 13,8-10



Senhor, ensina-me a viver em Igreja, a amar-Te nos outros.