domingo, 28 de abril de 2013

Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei




E ouvi uma voz potente que vinha do trono e diziaEsta é a morada de Deus entre os homens. Ele habitará com eles; eles serão o seu povo e o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus.Ele enxugará todas as lágrimas dos seus olhos; e não haverá mais morte, nem luto, nem pranto, nem dor. Porque as primeiras coisas passaram.»
O que estava sentado no trono afirmou:«Eu renovo todas as coisas.» E acrescentou:«Escreve, porque estas palavras são dignas de fé e verdadeiras.»
Apocalipse 21,1-5a.

Não sei explicar bem porquê, mas apesar de o meu coração se abrir ao evangelho da liturgia deste domingo a ponto de me fazer visitar vários momentos da vida, quer pela positiva, quer pela negatirva, num desafio contínuo a deixar que o Senhor ame em mim todos os que põe no meu caminho, a segunda leitura falou mais forte. 
Na verdade quando é dito «Ele habitará com eles»  (e estas palavras são dignas de fé e verdadeiras) senti que só na medida em que faço esta experiência de que Ele me habita, e me deixo habitar na totalidade do meu ser pelo Senhor,é possível amar como Ele me amou
Sim, porque é Ele que ama os outros em nós. Ninguém é capaz de amar se Deus não o habitar, quer acredite ou não na Sua presença. Só Deus ama, porque só Ele é o Amor.


Senhor, que me amas infinitamente concede-me a graça de me deixar amar por Ti. 
Jesus, Filho de Deus e filho de David, que eu me deixe habitar completamente por Ti, todos os dias da minha vida.
Mãe querida, ensina-me a amar Teu Filho na totalidade do meu ser. N'Ele, então sim, amarei os que comigo convivem, porque é Jesus quem os ama em mim.

Obrigada Senhor pelo Teu Amor por toda a humanidade e por cada ser em particular. 
Bendito e louvado sejas por nos amares assim, como teus filhos queridos em Jesus, Teu Único Filho. 

domingo, 21 de abril de 2013

O Bom Pastor


Naquele tempo disse Jesus: «As minhas ovelhas escutam a minha voz.Eu conheço-as e elas seguem-me.
Dou-lhes a vida eterna, e nem elas hão-de perecer jamais, nem ninguém as arrancará da minha mão.
O que o meu Pai me deu vale mais do que tudo e ninguém o pode arrancar da mão do Pai. Eu e o Pai somos um».

Jo 10,27-30

Esta é a certeza da nossa fé: Jesus nunca nos abandona, permanece sempre connosco, guarda-nos protege-nos, conhece-nos e entrega cada um de nós ao Pai. Só em Jesus esta nossa viagem tem sentido, ganha asas, sem deixar de caminhar bem no meio do mundo a braços com todas as dificuldades e problemas que se nos vão deparando. Mas Ele como que nos habita e impulsiona a caminhar em direção ao Pai. 
Jesus é o Bom Pastor que nos leva pelo único caminho que pode dar-nos a verdadeira felicidade, o encontro com o Amor, Deus Uno e Trino. E é esta experiência amorosa do encontro com Jesus que nos conduz ao Pai, que nos leva a segui-lo quando ouvimos a Sua voz.



Senhor, que eu nunca duvide do Teu Amor.
Que eu me deixe guiar por Ti, em direção ao Pai.
Mãe Santíssima ensina-me a amar Teu Filho, ajuda-me a libertar-me de tudo o que me impede de me deixar abraçar por Ele e de escutar a Sua voz. Que Ele seja o meu único Amor.

Contigo Senhor,como o meu pastor, nada me pode faltar!
Obrigada pelo Teu Amor. Bendito e louvado sejas hoje e sempre, pelos séculos sem fim, Ámen.

Hoje, que a Igreja celebra o domingo de oração pelas vocações, peço-te Senhor pelos que já responderam ao Teu chamamento, para que os fortaleças e os guies no seu caminhar para Ti. Pelos outros, a quem continuas a chamar, mas que não te escutam, ou põem ainda reticências na resposta ao teu apelo, entrego-tos para que se deixem cativar por este Amor sem medida que lhes ofereces. Que Te descubram assim como Aquele que todo se deu por cada um deles. Que Te encontrem assim, Amor Total, nas suas vidas. 
Enviai Senhor operários para a vossa messe. 
Mãe das vocações rogai por nós.

domingo, 7 de abril de 2013

Domingo da Misericórdia

 «Recebei o Espírito Santo»
 
Os eventos pascais — a paixão, a morte e a ressurreição de Cristo — são também o tempo da nova vinda do Espírito Santo, como Paráclito e Espírito da verdade (Jo 14,16-17). Eles constituem o tempo do «novo princípio», da comunicação de Si mesmo da parte de Deus uno e trino à humanidade, no Espírito Santo, por obra de Cristo Redentor. Este novo princípio é a Redenção do mundo: «Com efeito, Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o Seu Filho unigénito» (Jo 3,16). Ao «dar» o Filho, no dom do Filho, já se exprime a essência mais profunda de Deus, o qual, sendo Amor, é uma fonte inexaurível de generosidade. No dom concedido pelo Filho completam-se a revelação e a prodigalidade do Amor eterno: o Espírito Santo, que nas profundezas imperscrutáveis da divindade é uma Pessoa-Dom, por obra do Filho, isto é, mediante o mistério pascal de Cristo, é dado de uma maneira nova aos Apóstolos e à Igreja e, por intermédio deles, à humanidade e ao mundo inteiro.

A expressão definitiva deste mistério surge no dia da Ressurreição. Neste dia, Jesus de Nazaré, «nascido da descendência de David segundo a carne» — como escreve o apóstolo São Paulo —, é «constituído Filho de Deus com todo o poder, segundo o Espírito de santificação, mediante a ressurreição dos mortos» (Rm 1,3-4).  Pode dizer-se, assim, que a «elevação» messiânica de Cristo no Espírito Santo atingiu o auge na Ressurreição, quando Ele Se revelou como Filho de Deus, «cheio de poder». E este poder, cujas fontes jorram da imperscrutável comunhão trinitária, manifesta-se, antes de mais nada, pelo duplo feito de Cristo Ressuscitado: realizar, por um lado, a promessa de Deus já expressa pela boca do Profeta: «Dar-vos-ei um coração novo. [...] Porei dentro de vós um espírito novo, o Meu espírito» (Ez 36,26-27); e cumprir, por outro lado, a Sua própria promessa, feita aos Apóstolos com estas palavras: «Quando Eu for, vo-Lo enviarei» (Jo 16,7). É Ele: o Espírito da verdade, o Paráclito enviado por Cristo Ressuscitado para nos transformar e fazer de nós a própria imagem do Ressuscitado. 
                                                                               Beato João Paulo II