A quem iremos Senhor?

E dizia: «Por isso é que Eu vos declarei que ninguém pode vir a mim, se isso não lhe for concedido pelo Pai.»

A partir daí, muitos dos seus discípulos voltaram para trás e já não andavam com Ele.
Então, Jesus disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora?»
Respondeu-lhe Simão Pedro: «A quem iremos nós,Senhor? Tu tens palavras de vida eterna!
Por isso nós cremos e sabemos que Tu é que és o Santo de Deus.»

    
                                                                S. João 6,67-69.




É esta a pergunta que Jesus nos faz também ao longo dos dias que vamos vivendo.

E tudo se resume a uma questão de fé: ou cremos,ou não,  que Ele é verdadeiramente o Filho de Deus. Se realmente acreditamos que Ele veio a este mundo , ressuscitou e está vivo no meio de nós, no coração de todo aquele que lhe abre as portas de par em par, então só podemos responder como Pedro « nós cremos e sabemos que Tu é que és o Santo de Deus.» . Mas se ainda nos restarem algumas dúvidas, tenhamos a humildade do povo escolhido , a quem Josué propõe uma opção: seguir o deus dos estrangeiros (amorreus), ou o Deus que os tinha tirado do Egito. E o povo, perante as provas do amor do seu Deus, escolheu o Deus único e verdadeiro, o Deus dos seus antepassados que construira uma longa história de Amor com o Povo escolhido. Tem sido assim também com cada um de nós, desde o dia do nosso nascimento, mas mais ainda a partir do momento em que o Espírito nos marcou com o Seu selo, no dia do nosso Batismo e Ele passou a ser um connosco.

Senhor que eu tenha a coragem de te responder como S.Pedro: a quem irei Senhor, só Tu tens Palavras de vida eterna. Ajuda-me Senhor a ser-te fiel e a colocar-te sempre em primeiro lugar na minha vida.

Mãe Santíssima ensina-me a amar o Teu Filho na totalidade do meu ser e a optar sempre por Ele nas encruzilhadas da vida.


 

O Meu sangue é uma verdadeira bebida.

Neste XX domingo do tempo comum destaco o Evangelho, porque Jesus continua a ensinar-nos o que iniciou nas última liturgias dominicais: Ele é o Pão da Vida e quem n'Ele crê tem a vida eterna.

De todo o Evangelho há uma frase de Jesus que toca no mais profundo da minha alma " Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e Eu nele. " (S. João 6,56). É este, sem dúvida, o maior mistério do amor de Deus, deixar ao nosso alcance a fonte da vida, da qual nos podemos alimentar em cada Eucaristia.

Quando Senhor, na Última Ceia, instiuiste esta celebração única de que fazemos memorial, sempre que nela participamos, como nos tiveste presentes (a todos os viventes desta nossa Humanidade), na busca do Teu Reino, que passa por nos alimentarmos de Ti  e por nos deixarmos habitar pela Tua Pessoa (una e trina). É sempre para mim tão maravilhoso o perceber que posso ir crescendo neste conhecimento de que verdadeiramente amas infinitamente cada um de nós que habita este mundo. 
Como nos amas Senhor e nunca nos deixas sós! Está na vontade de cada um o abrir-Te o seu coração de par em par, para que formes um com Ele. Sim, eu creio Senhor que vives no meio de nós e que quando Te recebo na comunhão, ficas a morar em mim e eu em Ti. Portanto nunca ninguém está fora de Ti, só se não te quiser receber, porque Tu estás sempre disponível para todo o que Te procura de coração sincero.


Eu creio em Ti, Senhor, eu creio que és Jesus o Filho de Deus Vivo e que estás vivo no meio de nós, mas aumenta a minha fé.
Só te peço Senhor uma coisa, faz com que eu nunca duvide do Teu Amor.

                                                                                                                  .   

Assunção de Nossa Senhora

  Proclamação solene do Dogma da Assunção de Nossa Senhora

Pelo que, depois de termos dirigido a Deus repetidas súplicas, e de termos invocado a paz do Espírito de verdade, para glória de Deus omnipotente que à virgem Maria concedeu a sua especial benevolência, para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e triunfador do pecado e da morte, para aumento da glória da sua augusta mãe, e para gozo e júbilo de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos S.Pedro e S.Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que: a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial.  

  Constituição Apostólica do Papa Pio XII - Munificentissimus Deus

Comentário ao Evangelho do Dia feito por + S. João Damasceno (675-749)      (Monge,Teólogo e Doutor da Igreja)

 

Ó Mãe de Deus, sempre Virgem, a Tua sagrada partida deste mundo é verdadeiramente uma passagem, uma entrada na Morada de Deus. Saindo deste mundo material, entras numa "Pátria melhor" (Heb 11,16). O Céu acolheu com alegria a Tua alma: "Quem é esta, que surge como a aurora, bela como a Lua, brilhante como o Sol?" (Cant 6,10) "O Rei introduziu-te nos seus aposentos" (Cant 1, 4), e os Anjos glorificam aquela que é a Mãe do seu próprio Senhor, por natureza e em verdade, segundo o plano de Deus [...] 

Os Apóstolos levaram o Teu corpo sem mancha, o Teu corpo, verdadeira Arca da Aliança, e depositaram-no no seu santo túmulo. E aí, como que passando outro Jordão, Tu chegaste à "Jerusalém lá do alto" (Gál 4, 26), de que Deus é o Arquiteto e Construtor. Porque a Tua alma "não desceu à habitação dos mortos", e a Tua carne "não conheceu a decomposição" (Act 2, 31; Sl 15, 10). O Teu corpo puríssimo, sem mácula, não foi abandonado, antes foste elevada até à morada do Reino dos Céus.

Tu, a Rainha, a Soberana, a Senhora, a Mãe de Deus, a verdadeira Theotokos. 

Hoje, aproximamo-nos de Ti, a nossa rainha, Mãe de Deus e sempre Virgem. Voltamos a nossa alma para a Esperança que és para nós. [...] Queremos honrar-te com "salmos, hinos e cânticos espirituais" (Ef 5, 10). Ao honrar a Serva, exprimimos a nossa ligação ao Senhor comum. [...] Lança os Teus olhos sobre nós, ó Rainha, Mãe do nosso Divino Soberano, e guia os nossos caminhos até ao porto, sem tempestades, do bom desejo de Deus. 

Virgem Maria, «Imagem da Igreja futura [...], que guias e sustentas a esperança do Teu Povo» (Prefácio da Santa Missa) 

(Do 'Evangelho Quotidiano')

Nota: hoje usei a palavra da Igreja e de um dos seus doutores, porque entendo que são a manifestação do sentir da alma de todo um povo, que ama muito Nossa Senhora. E como gostei imenso desta meditação não resisti a partilhá-la, em vez de fazer a minha reflexão pessoal.

Jesus o Pão da Vida

“Levanta-te e come, porque ainda tens um longo caminho a percorrer”.
Elias levantou-se, comeu e bebeu. Depois, fortalecido com aquele alimento, caminhou durante quarenta dias e quarenta noites até ao monte de Deus, Horeb.  

  1º Reis 19,7b-8

Muitas vezes passamos por esta situação, isto é, estamos cansados e abatidos, com vontade de desistir e abandonar os projetos que temos à nossa responsabilidade. Mas, se rezarmos ao Senhor e lhos entregarmos, com confiança, acreditando verdadeiramente que é Ele que nos conduz, então o Senhor como que nos ouve e vem em nosso auxílio. O nosso Deus nunca nos deixa sós. Está sempre connosco, mesmo que nos pareça que Ele está longe! 

Bem o sentimos, em cada Eucaristia em que participamos: como Ele se torna presente, não só no altar, onde diante dos nosso olhos acontece o mistério do SEU AMOR, como depois quando se nos dá em alimento e fazendo-se um connosco, no mais íntimo do nosso ser, Ele Se faz a força, o alento, a fé de que necessitamos para continuar a caminhada até onde Ele quiser. É nesse momento, sempre único, que o encontro com Ele se dá. Ele se funde e circula nas nossas veias dando-nos a Vida e assim se cumpre o que Jesus nos ensinou no Evangelho de hoje:

Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto, mas morreram.
Este é o pão que desce do Céu; se alguém comer dele, não morrerá.
Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu: se alguém comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, pela vida do mundo.»

                                           S. João 6,47-51

Eu te louvo e bendigo pelo dom da Eucaristia.

Eu te agradeço Senhor esta forma única e misteriosa de chegares ao nosso coração, de nos alimentares, de estares sempre connosco, até ao fim dos tempos.

Obrigada Senhor, por viveres assim o meio de nós, porque sem Ti, nada sei fazer.

Querida Mãe vela e protege-me nesta caminhada.

 

 

Mais do que o alimento do corpo...

É  tempo de férias...Finalmente!
Sou uma das pessoas deste país e desta velha Europa, que, apesar de entrada na idade, ainda pode dizer esta frase. Obrigada Senhor pelo dom do trabalho e deixa, primeiro que Te agradeça por ainda poder ser útil aos outros, através do desempenho da minha profissão e depois permite que Te peça especialmente pelos que querem trabalhar, de verdade,  e não conseguem encontrar onde. Ajuda-nos Senhor a encontrarmos formas de, pondo os dons que nos deste a render, podermos também ajudar e contribuir para encontrar saídas, alternativas para a situação atual dos desempregados e do país em todos os seus setores, fundamentalmente no que diz respeito à procura de Ti e de tudo o que nos vais ensinando, através da Tua Palavra e de Ti Próprio, no pão da vida.. 

É verdade que o começo da minha reflexão não tem uma relação direta com o que escutei na Tua Palavra de hoje, mas indiretamente creio que está também ligado. Afinal, criaste-nos a todos, para sermos felizes e esse caminho passa também por nos encontrarmos em Ti, enquanto pessoas que põem os seus dons a render em favor dos outros. E, para mim, o trabalho é também um desses caminhos, entre outros...e digo propositadamente trabalho, em vez de emprego, pois em muito casos há uma grande diferença.
Mas, pensando melhor, a relação é mesmo direta, sobretudo com a 1ª leitura e com o Evangelho.