domingo, 30 de outubro de 2011

A literatura não revela a verdade

É um pouco grande,mas vale a pena ler.

Quando há cerca de trinta anos comecei a trabalhar na Faculdade de Letras de Lisboa, lecionei uma cadeira designada Introdução aos Estudos Literários. Era, então, consensual no meu Departamento (Estudos Anglo-Americanos), que nesta cadeira deveríamos proporcionar a descoberta dos diferentes géneros literários através de um diálogo com a História. Nesse sentido, começávamos com a leitura de textos fundadores e formadores da nossa matriz cultural, de Odisseia a Édipo Rei, de As Nuvens a O Rei Lear, para depois desvendarmos textos cronologicamente mais próximo de nós, como Mensagem ou A Terra Devastada, ou os fascinantes ecos dos poetas provençais em Ezra Pound. Dois dos textos por nós estudados no início do ano letivo, quer pela sua dimensão literária quer pela sua relevância no âmbito de uma cultura assente no logos, eram o Génesis e o Evangelho Segundo João.

XXXI Domingo do Tempo Comum

E, na terra, a ninguém chameis 'Pai’, porque um só é o vosso 'Pai’: aquele que está no Céu.
Nem permitais que vos tratem por 'doutores’, porque um só é o vosso 'Doutor’: Cristo.
O maior de entre vós será o vosso servo.
Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado.
Mt23, 11-12

Um só é o vosso Pai, um só é o vosso Mestre, um só é o vosso Doutor e n'Ele temos os nossos pais, os nossos mestres e os nossos doutores. Só n'Ele e para Ele tudo nos é dado e ganha o verdadeiro sentido do serviço ao outro.

Ensina-me Senhor a estar sempre, e cada vez mais, disponível para servir. Que eu me deixe repassar por Ti de forma a que sejas o Pai, o Mestre, o Doutor para os que comigo se cruzam, nos caminhos da vida, e a quem Te queres revelar. Ajuda-me Pai, sem Ti nada posso, mas contigo tudo é possível.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Assis 2011: Dimensão espiritual é elemento »chave» para a Paz, diz Bento XVI

Representantes religiosos renovaram «compromisso comum» em cerimónia que reuniu crentes de 50 países

Assis, Itália, 27 out 2011 (Ecclesia) – Bento XVI concluiu hoje o encontro inter-religioso que convocou para Assis (centro da Itália), afirmando que a “dimensão espiritual” é um “elemento chave para a construção da paz”.

O Papa falava diante de 300 representantes religiosos e académicos, procedentes de 50 países, reunidos numa jornada de oração e reflexão pela paz e a justiça no mundo que assinalou o 25.º aniversário da primeira iniciativa do género, promovida por João Paulo II.

“O evento de hoje mostra como a dimensão espiritual é um elemento chave para a construção da paz. Através desta peregrinação única, fomos capazes de nos comprometermos num diálogo fraterno, aprofundar a nossa amizade e aproximarmo-nos em silêncio e na oração”, disse, em inglês, na Praça de São Francisco.

Líderes cristãos, judeus, muçulmanos, hindus, budistas, representantes de religiões africanas e asiáticas, bem como um grupo de agnósticos, renovaram neste encontro um ‘solene compromisso comum pela paz’.

“Vamos continuar a reunir-nos, vamos continuar a estar juntos nesta jornada, em diálogo, na construção diária da paz e no nosso compromisso por um mundo melhor, um mundo no qual cada homem e mulher, cada povo, possam viver de acordo com as suas legítimas aspirações”, declarou o Papa.

O cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, organismo da Santa Sé, afirmou que “a esperança pode prevalecer sobre o medo” e que ninguém se pode “resignar” diante das guerras.

Em seguida, 12 líderes religiosos e um representante dos agnósticos, participantes nesta jornada, assumiram o empenho de “trabalhar no grande canteiro da paz”.

O compromisso comum manifesta a “convicção de que a violência e o terrorismo se opõem ao autêntico espírito religioso”, condenando “qualquer recurso à violência e à guerra em nome de Deus ou da religião”.

A convivência “pacífica e solidária”, a promoção de uma “cultura do diálogo” e o respeito pelas convicções de “crentes e não crentes” foram outras metas apontadas em Assis, antes de um momento de oração comum, em silêncio.

“Após renovarmos o nosso compromisso pela paz e termos trocado uns com os outros um sinal de paz, sentimo-nos ainda mais profundamente envolvidos, juntamente com todos os homens e mulheres das comunidades que representamos, na nossa jornada humana comum”, disse Bento XVI.

O Papa explicou o gesto escolhido para a conclusão do evento, a entrega de uma lamparina aos participantes, símbolo do desejo de serem “portadores, em todo o mundo, da luz da paz”.

Para além das lamparinas, foram largadas pombas brancas, algumas das quais acabaram por ir parar ao meio da assembleia.

No final deste encontro, Bento XVI quis agradecer a todo os que o “tornaram possível”, bem como os jovens que cumpriram, a pé, uma peregrinação para “testemunharem como, entre as novas gerações, são muitos os que se empenham para superar violências e divisões”.

Esta manhã, o Papa tinha pedido um empenho conjunto "na luta pela paz", perante “novas e assustadoras fisionomias” de violência como o terrorismo, apelando ao fim do “recurso à violência por motivos religiosos”.

Bento XVI afirmou ainda que a “ausência de Deus” provocou “crueldade e uma violência sem medida” na história recente da humanidade, criticando os “inimigos da religião”.

A celebração concluiu-se diante do túmulo de São Francisco de Assis, santo católico dos séculos XII-XIII que inspirou iniciativas de diálogo inter-religioso

Retirado da "Ecclesia"

segunda-feira, 24 de outubro de 2011


Ontem foi também o Dia Mundial das Missões

“É necessário converter a nossa vida, expondo-a permanentemente àquela rajada de verbos do Senhor Jesus: ‘vai, vende, vem e segue-me’, e transformarmo-nos em testemunhas credíveis do Ressuscitado no nosso ambiente e em toda a parte”, afirma D. António Couto, na sua mensagem para este dia.



Ontem foi o XXX Domingo do Tempo Comum e como foi abundante e desafiante a Palavra proclamada.

"Naquele tempo, os fariseus ouvindo dizer que Jesus reduzira os saduceus ao silêncio, reuniram-se em grupo.
E um deles, que era legista, perguntou-lhe para o embaraçar:
«Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?»
Jesus disse lhe: Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente.
Este é o maior e o primeiro mandamento.
O segundo é semelhante: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.»
S. Mateus 22,34-40.

Aqui o Senhor Jesus, na resposta aos Judeus , não fala através de parábolas, mas apresenta claramente o 1º Mandamento da lei de Deus e junta-o com o segundo, como que formando um só. E este é que é o nosso cartão de identidade. É a partir dele que se vê se somos cristão ou não.

Que esta seja a verdadeira lei que habita no meu coração. o verdadeiro Amor a Deus e aos irmãos.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Não podia deixar de assinalar o dia 18 de outubro, em que a Igreja celebra S. Lucas Evangelista.

Diz a tradição que era médico e pintor (tendo pintado o ícone da Virgem com o Menino) e que, depois de se converter ao cristianismo, acompanhou, de muito perto, S. Paulo (sendo o único que estava com Paulo, quando este foi martirizado em Roma).
Este santo escreveu um dos evangelhos e, embora não tenha conhecido, pessoalmente, Jesus, fê-lo transmitindo de forma apaixonada e clara os ensinamentos que Jesus nos deixou, enquanto esteve fisicamente entre o seu povo. Ao longo de todo o Evangelho, S.Lucas põe em evidência que Jesus veio para todo o Homem, de qualquer raça, credo, ou nação, rico , ou pobre.
Por alguma razão se diz que o seu evangelho é, de entre os quatro, o mais dirigido aos pagãos

Que , tal como S. Lucas, nos deixemos amar por Jesus de modo a sermos luz que irradia Deus, no nosso dia a dia. Invoquemos a sua bênção sobre nós.


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Hoje a Igreja celebra a memória de Santo Inácio de Antioquia


Santo Inácio de Antioquia, conforme historiadores, viveu por volta do segundo século. Coração ardente (o nome Inácio deriva de ignis = fogo ), ele é lembrado sobretudo pelas expressões de intenso amor a Cristo.
As suas palavras inflamadas de amor a Cristo e à Igreja ficaram na lembrança de todas as gerações futuras: "Deixem-me ser a comida das feras, pelas quais me será dado saborear Deus. Eu sou o trigo de Deus. Tenho de ser triturado pelos dentes das feras, para tornar-me pão puro de Cristo."
" Onde está o Bispo, aí está a comunidade, assim como onde está Cristo Jesus aí está a Igreja Católica",

A carta de S.Paulo, lida neste dia e que abaixo transcrevo, bem se pode aplicar a Santo Inácio pelo testemunho que nos deixou.

Carta aos Romanos 4,20-25.
Irmãos: Diante da promessa de Deus,Abraão não duvidou por falta de fé. Pelo contrário, tornou-se mais forte na fé e deu glória a Deus, plenamente convencido de que Ele tinha poder para realizar o que tinha prometido.
Esta foi exactamente a razão pela qual isso lhe foi atribuído à conta de justiça.
Não é só por causa dele que está escrito foi-lhe atribuído, mas também por causa de nós, a quem a fé será tida em conta, nós que acreditamos naquele que ressuscitou dos mortos Jesus, Senhor nosso, entregue por causa das nossas faltas e ressuscitado para nossa justificação.

Bento XVI publica carta pastoral na qual apresenta objetivos do «ano da fé», convocado para 2012-2013

Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio «Porta Fidei»

Com a qual se proclama o Ano da Fé

1. A porta da fé (cf. Act 14, 27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar aquela porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira. Este caminho tem início com o Batismo (cf. Rm 6, 4), pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o nome de Pai, e está concluído com a passagem através da morte para a vida eterna, fruto da ressurreição do Senhor Jesus, que, com o dom do Espírito Santo, quis fazer participantes da sua própria glória quantos creem n’Ele (cf. Jo 17, 22). Professar a fé na Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – equivale a crer num só Deus que é Amor (cf. 1 Jo 4, 8): o Pai, que na plenitude dos tempos enviou seu Filho para a nossa salvação; Jesus Cristo, que redimiu o mundo no mistério da sua morte e ressurreição; o Espírito Santo, que guia a Igreja através dos séculos enquanto aguarda o regresso glorioso do Senhor.

domingo, 16 de outubro de 2011

XXIX Domingo do Tempo Comum

Eu sou o SENHOR e não há outro, não existe outro Deus além de mim. Concedo-te a insígnia do poder, embora não me conheças.
Assim saberão, do Oriente ao Ocidente, que não há outro fora de mim. Eu é que sou o SENHOR. Não há outro.   
Isaías 45,1.4-6
  
O Espírito de Deus sopra,onde quer, quando quer, em quem Ele quer, para se nos revelar e connosco caminhar . E foi assim que, através de Ciro,  Deus se manifestou ao Seu Povo. 
Com cada um de nós Deus faz o mesmo, chega ao nosso coração através daqueles que vivem, ou se cruzam connosco, não da forma que nós queremos, mas exatamente como Deus acha que é o melhor para nós. Serve-se das suas atitudes, dos  seus gestos para comunicar com cada um. Podemos não o reconhecer, achar que se esqueceu de nós, ou que agiu ao contrário do que precisávamos, mas Ele, que nos conhece no mais profundo de nós mesmos, sabe do que necessitamos para n'Ele nos encontrarmos e sermos verdadeiramente felizes, por isso conduz-nos por e para esse caminho, que é Ele mesmso.

domingo, 9 de outubro de 2011

A liturgia celebra hoje o XXVIII domingo do tempo comum.


Livro de Isaías 25,6-10a
Sobre este monte, o Senhor do Universo prepara para todos os povos um banquete de carnes gordas, acompanhadas de vinhos velhos, carnes gordas e saborosas, vinhos velhos e bem tratados.
Neste monte, Ele arrancará o véu de luto que cobre todos os povos, o pano que encobre todas as nações.
Aniquilará a morte para sempre. O Senhor DEUS enxugará as lágrimas de todas as faces, e eliminará o opróbrio que pesa sobre o seu povo, sobre toda a nação. Foi o SENHOR quem o proclamou.
Dir-se-á naquele dia: «Este é o nosso Deus, nele confiámos e Ele nos salva. Este é o SENHOR em quem confiámos. Congratulemo-nos e rejubilemos com a sua salvação.
A mão do SENHOR repousará sobre este monte.» 

Este é o nosso Deus, Aquele que convida todo o Homem, não deixando ninguém de fora, para o banquete da salvação. E a todos enxugará as lágrimas dos seus rostos e dará a Salvação. 
Depois de escutarmos este texto, o nosso coração sente-se como que impulsionado a louvar e agradecer ao nosso Deus por nos amar desta forma total e sem limites. 

Eu te louvo e bendigo Senhor pelo Teu Amor por nós. Obrigada Senhor. 
Como nos amas meu Deus! Obrigada Senhor.
Que este amor, com que me inundas, refresque e tonifique a todos os que pões no meu caminho.
Que todos os homens te louvem e bendigam hoje e sempre, pelos séculos sem fim.
Amen.

sábado, 8 de outubro de 2011

No passado domingo, dia 2 de outubro, do corrente ano 2011, a diocese de Leiria -Fátima reiniciou as atividades pastorais com a Assembleia Diocesana, presidida pelo seu bispo. D.António Marto apresentou  a sua carta pastoral para o ano 2011-2012, que tem como tema: "Testemunhas de Cristo no Mundo - Brilhe a vossa luz diante dos homens".


Carta Pastoral para 2011/2012
Agora é preciso lê-la e pô-la em prática , na nossa vivência diária.
Que verdadeiramente, todos nós cristãos, nos sintamos interpelados a ser, no mundo de hoje, testemunhas de Cristo.
Bom Ano Pastoral

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

S.Francisco de Assis


A Igreja celebrou ontem um dos seus santos, que é,para mim, alguém que me faz pensar e questionar quanto à minha coerência de vida.. Mas acima de tudo em S.Francisco o que mais me impressiona é a forma  e o quanto se deixou AMAR por Deus. Todo se deu por Amor, n'Aquele por quem se enamorou e se deixou amar, Jesus Cristo.

S. Francisco ensina-me a amar Jesus como tu o amaste, ao meu jeito, mas numa adesão total. Intercede por mim junto de Deus, para que, verdadeiramente, eu faça o que o Senhor quer de mim.

Oração de São Francisco de Assis

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

domingo, 2 de outubro de 2011

 XXVII Domingo do tempo comum.






Que mais poderia Eu fazer pela minha vinha, que não tenha feito? Porque é que, esperando Eu que desse boas uvas, apenas produziu agraços?
                     Isaías 5, 4

E a resposta do Senhor foi esta:

«Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram transformou-se em pedra angular? Isto é obra do Senhor e é admirável aos nossos olhos?
Por isso vos digo: O Reino de Deus ser-vos-á tirado e será confiado a um povo que produzirá os seus frutos.
                                                                                     Mt. 21, 42-44

É só isto que o Senhor espera de nós, que demos bom fruto. 
Senhor, que eu me deixe cultivar por ti para poder produzir  uvas e não agraços.Ajuda-me Senhor.