quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Hoje, 5º dia da oitava do Natal, o Evangelho apresenta-nos Simeão, homem justo e inspirado pelo Senhor , que é testetemunha da apresentação de Menino Jesus no templo, no cumprimento da Lei por Maria e José. É um encontro forte e profético que nos põe perante o Mistério de Deus presente naquele Menino que veio para nos revelar "O Amor" -  Deus - presente e vivo no meio da humanidade. 

E ao pensar na primeira leitura de S.João 2,3-11 que ao terminar afirma:
"Quem ama o seu irmão permanece na luz e não corre perigo de tropeçar. Mas quem tem ódio ao seu irmão está nas trevas e nas trevas caminha, sem saber para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos." 
É sem dúvida neste "Amor", que Jesus veio dar verdadeiro sentido à Lei : Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. E é Ele quem, no nosso coração, veio tornar possível o cumprimento da Lei do Amor, porque Ele, sim , é o Amor trinitátio que nos habita , é a Luz que nos guia e nos impede de tropeçar, ou nos ampara na queda.N'Ele tudo é possível.
Obrigada Senhor por nos amares assim, pobres, fracos e pecadores como somos, mas de quem fazes isntrumentos de transmissão deste Teu Amor infinitio por cada homem. Ensina-nos a caminhar contigo Menino Deus, a aprender de Ti a amar a Deus sobre todas as coisas e a ser fiéis a esta missão de transmissão do Amor de Deus.


quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Santos Inocentes

4º dia da Oitava do Natal - SANTOS INOCENTES, mártires (Festa)
Parece que ainda ecoa nos meus ouvidos o último versículo do Evangelho proclamado na missa de hoje: "Cumpriu-se, então, o que o profeta Jeremias dissera: Ouviu-se uma voz em Ramá, uma lamentação e um grande pranto: É Raquel que chora os seus filhos e não quer ser consolada, porque já não existem."
E perante estas palavras permaneço em silêncio, pois não há palavras que possam consolar estas mães.


No entanto, fui buscar ao site do evangelho quotidiano o comentário que tinham escolhido para o evangelho de hoje, para tentar perceber melhor esta festa que hoje celebramos. (Não consegui arranjar outro melhor.)

Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 152; PL 52, 604
«Senhor nosso Deus, que neste dia fostes glorificado, não pelas palavras, mas pelo sangue dos Mártires Inocentes» (Oração da Coleta)
Aonde leva a inveja? [...] O crime hoje cometido no-lo mostra: o medo de que exista um rival para o seu reino enche de angústia a Herodes; maquina então suprimir o «Rei que acaba de nascer» (Mt 2,2), o Rei eterno; luta contra o seu Criador e decide matar inocentes [...]. Que erros tinham aquelas crianças cometido? Nada haviam dito suas línguas mudas, nada seus olhos haviam visto, seus ouvidos escutado, suas mãos feito. Foi-lhes dada a morte, não tendo elas conhecido a vida. [...] Cristo lê o futuro e conhece os segredos dos corações, julga os pensamentos e escrutina as intenções (Sl 138): porque as abandonou? [...] Porque negligenciou o Rei do céu recém-nascido estes companheiros de inocência, porque esqueceu as sentinelas de serviço em redor do Seu berço, levando a que o inimigo, com a intenção de atingir o Rei, devastasse por completo o exército?


Irmãos, Cristo não abandonou os Seus soldados, antes os encheu de glória ao permitir-lhes triunfar antes de viver, e ganhar a vitória sem que tivessem de combater. [...] Ele quis que possuíssem o céu, de preferência à terra [...], enviou-os à Sua frente como arautos. Não os abandonou: salvou a Sua guarda avançada, não a esqueceu [...].


Bem-aventurados os que trocaram os trabalhos pelo repouso, as dores pelo alívio, o sofrimento pela alegria. Estão vivos, vivos, vivem realmente, os que sofreram a morte por Cristo. [...] Felizes as lágrimas que as mães verteram por seus filhos: valeram-lhes a graça do baptismo. [...] Que Aquele que Se dignou repousar no nosso estábulo queira também conduzir-nos aos prados do céu.»

Que os santos inocentes, de junto do Deus Menino nos protejam e guardem dos "Herodes" dos nossos dias e, principalmente, intercedam por tantas crianças de hoje, que, no mundo inteiro, sofrem das mais variadas formas de violência física, ou psicológica.
Deus seja louvado nos seus anjos e nos seus santos.


terça-feira, 27 de dezembro de 2011

S. João Evangelista.

Ainda estamos a festejar a oitava doNatal e hoje, dia 27 de dezembro, a Igreja celebra S. João Evangelista.
Sempre que penso em S.João Evangelista, vem-me à memória o que aprendi na catequese infantil, em que me foi dito que este Santo,do conjunto dos dos Apóstolos, era aquele de quem Jesus gostava mais, que tinha mesmo recostado a sua cabeça no peito de Jesus,descansando n'Ele de todas as suas preocupações. Fiquei sempre com a ideia de que eram mesmo muito amigos um do outro.
Hoje, ao aprofundar um pouco quem era S. João Evangelista, é engraçado verificar que a ideia, com que fiquei d'ele em criança,não estava errada, porque encontrei esta biografia de S.João Evangelista, no site do Evangelho quotidiano, que diz:

"João, filho de Zebedeu e de Salomé, irmão de Tiago Maior, de profissão pescador, originário de Betsaida, como Pedro e André, ocupa um lugar de primeiro plano no elenco dos apóstolos. O autor do quarto Evangelho e do Apocalipse, será classificado pelo Sinédrio como indouto e inculto. No entanto, o leitor, mesmo que leia superficialmente os seus escritos, percebe não só o arrojo do pensamento, mas também a capacidade de revestir com criativas imagens literárias os sublimes pensamentos de Deus. A voz do juiz divino é como o mugido de muitas águas.

João é sempre o homem da elevação espiritual,mais inclinado à contemplação que à acção. É a águia que desde o primeiro bater das asas se eleva às vertiginosas alturas do mistério trinitário: "No princípio de tudo, aquele que é a Palavra já existia. Ele estava com Deus e ele mesmo era Deus."

Ele está entre os mais íntimos de Jesus e nas horas mais solenes de sua vida João está perto. Está a seu lado na hora da ceia, durante o processo, e é o único, entre os apóstolos, que assiste à sua morte junto com Maria. Mas contrariamente a tudo o que possam fazer pensar as representações da arte, João não era um homem fantasioso e delicado. Bastaria o apelido humorista que o Mestre lhe impôs a ele e a seu irmão Tiago:"Filhos do trovão" para nos indicar um temperamento vivaz e impulsivo, alheio a compromissos e hesitações, até aparecendo intolerante e cáustico.

No seu Evangelho designa-se a si mesmo simplesmente como "o discípulo a quem Jesus amava." Também se não nos é dado indagar sobre o segredo desta inefável amizade, podemos adivinhar uma certa analogia entre a alma do Filho do homem e a do filho do trovão, pois Jesus veio à terra não só trazer a paz mas também o fogo. Após a ressurreição,João está quase constantemente ao lado de Pedro. Paulo, na epístola aos gálatas, fala de Pedro, Tiago e João como colunas na Igreja.

No Apocalipse, João diz que foi perseguido e degredado para a ilha de Patmos "por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus Cristo". Conforme uma tradição unânime viveu em Éfeso,em companhia de Maria e sob o imperador Domiciano foi colocado dentro de uma caldeira com óleo a ferver, mas saiu ileso e todavia com a glória de ter dado testemunho. Depois do exílio de Patmos voltou definitivamente para Éfeso, onde exortava continuamente os fiéis ao amor fraterno, resultando em três cartas,acolhidas entre os textos sagrados, assim como o Apocalipse e o Evangelho.Morreu carregado de anos em Éfeso durante o império de Trajano (98-117), onde foi sepultado."

E não posso terminar esta minha referência a S.João Evangelista, sem lembrar a primeira leitura da liturgia de hoje e que é a seguinte:

1ª Carta de S. João 1,1-4.
"Caríssimos: O que existia desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplámos e as nossas mãos tocaram relativamente ao Verbo da Vida, – de facto, a Vida manifestou-se; nós vimo-la, dela damos testemunho e anunciamo-vos a Vida eterna que estava junto do Pai e que se manifestou a nós – o que nós vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também vós estejais em comunhão connosco. E nós estamos em comunhão com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.
Escrevemo-vos isto para que a nossa alegria seja completa."

E só pode escrever assim, quem verdadeiramente viveu em união com Jesus, o Filho de Deus.

S. João Evangelista, rogai por nós, para que nos deixemos invadir por esta intimidade total , com Jesus Nosso Senhor, para que então sim, a nossa alegria seja completa.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Vivendo a oitava do Natal  a Igreja celebra hoje Santo Estêvão, diácono, primeiro mártir, séc. I:


Com o crescimento da comunidade, os apóstolos confiaram o serviço da assistência diária a sete ministros da caridade, chamados diáconos.

Entre eles sobressaía o jovem Estêvão, que além de exercer as funções de administrador dos bens comuns, não renunciava ao anúncio da Boa Nova, e fê-lo com tanto sucesso, que os judeus “apareceram de surpresa, agarraram Estêvão e levaram-no ao tribunal. Apresentaram falsas testemunhas, que declararam: "Este homem não faz outra coisa senão falar contra o nosso santo templo e contra a Lei de Moisés. Nós até o ouvimos afirmar que esse Jesus de Nazaré vai destruir o templo e mudar as tradições que Moisés nos deixou."

Estêvão, como se lê nos Atos dos Apóstolos, cheio de graça e de força, como pretexto de sua autodefesa, aproveitou para iluminar as mentes de seus adversários. Primeiro, resumiu a história hebraica de Abraão até Salomão, em seguida afirmou não ter falado contra Deus, nem contra Moisés, nem contra a Lei, nem fora do Templo. Demonstrou, de facto, que Deus se revelava também fora do Templo e se propunha a revelar a doutrina universal de Jesus como última manifestação de Deus, mas os seus adversários não o deixaram prosseguir no discurso, "taparam os ouvidos e atiraram-se todos contra ele, em altos gritos. Expulsaram-no da cidade e apedrejaram-no."

Dobrando os joelhos debaixo de uma tremenda chuva de pedra, o primeiro mártir cristão repetiu as mesmas palavras de perdão pronunciadas por Cristo sobre a Cruz: "Senhor, não os condenes por causa deste pecado." Em 415 a descoberta das suas relíquias suscitou grande emoção na cristandade. A festa do primeiro mártir foi sempre celebrada imediatamente após a festividade do Natal.
Evangelizo.org 2001-2010

domingo, 25 de dezembro de 2011

Dia de NATAL

NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO,
Comentário ao Evangelho do dia feito porPapa Bento XVI Homilia de 25/12/05 - Missa do Dia


«Eu hoje Te gerei»

Em Jesus Cristo, o Filho de Deus, o próprio Deus Se fez homem. É a Ele que o Pai diz: «Tu és Meu Filho». O hoje eterno de Deus desceu ao hoje efémero do mundo e arrasta o nosso hoje passageiro para o hoje eterno de Deus.Deus é tão grande que Se pode fazer pequeno. Deus é tão poderoso que Se pode tornar fraco e vir ao nosso encontro como Menino indefeso, para que O possamos amar. Deus é bom ao ponto de renunciar ao Seu esplendor divino e descer ao estábulo para que O possamos encontrar e para que, assim, a Sua bondade chegue também a nós, se nos comunique e continue a agir por nosso intermédio.O Natal é isto: «Tu és Meu Filho, Eu hoje Te gerei». Deus tornou-Se um de nós, para que nós pudéssemos estar com Ele, tornar-nos semelhantes a Ele. Como próprio sinal, escolheu o Menino no presépio: Deus é assim. Deste modo, aprendemos a conhecê-Lo. E em todo o menino brilha algo da luz daquele hoje, da proximidade de Deus que devemos amar e à qual nos devemos submeter – em todo o menino, mesmo naquele que ainda não nasceu.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011


Esta é a minha forma de desejar a todos Um Santo e Feliz NATAL na Paz do Menino Deus.

domingo, 18 de dezembro de 2011


Como o tempo passa depressa. Parece que ainda há tão pouco tempo começou o ano letivo (desde  12 de setembro) e já estamos a chegar ao fim do 1º período. Que fazemos agora ao tempo? Cada dia continua a ter 24h....
Entrámos na última semana que antecede o Natal, e neste IV Domingo do Advento a liturgia leva-nos a refletir sobre Maria, que sendo humana se deu toda a Deus, numa entrega sem limites, confiando totalmente n'Ele. 
Hoje bastava copiar do texto sagrado esta única frase: "Maria disse, então: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.» , pois ela traduz a atitude de Nossa Senhora, a dimensão e força da sua fé. Mas acho que descontextualizar esta frase, não deixa perceber o mistério profundo de Deus por cada um de nós e por toda a Humanidade, que se manifesta neste texto. É  o Amor de Deus, a que Maria responde em plenitude, que S.Lucas nos transmite, fazendo-nos como que participantes deste momento único na História da humanidade.

 
 Evangelho segundo S. Lucas 1,26-38.  
Naquele tempo, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré,
a uma virgem desposada com um homem chamado José, da casa de David; e o nome da virgem era Maria.
Ao entrar em casa dela, o anjo disse-lhe: «Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo.»
Ao ouvir estas palavras, ela perturbou-se e inquiria de si própria o que significava tal saudação.
Disse-lhe o anjo: «Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus.
Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus.
Será grande e vai chamar-se Filho do Altíssimo. O Senhor Deus vai dar-lhe o trono de seu pai David,
reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim.»
Maria disse ao anjo: «Como será isso, se eu não conheço homem?»
O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus.
Também a tua parente Isabel concebeu um filho na sua velhice e já está no sexto mês, ela, a quem chamavam estéril, porque nada é impossível a Deus.»
Maria disse, então: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.» E o anjo retirou-se de junto dela.

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



 Louvor e Glória a Deus pela maravilhas que operou em Maria, em favor de toda a  Humanidade!
Que Maria, a Senhora deste SIM, nos guie nos caminhos do nosso dia a dia e nos ensine a amar Jesus, como ela O amou, entregando-se totalmente a Deus. Santa Maria, Mãe de de Deus e nossa Mãe, rogai por nós.   

domingo, 11 de dezembro de 2011



 Na vela de hoje gostava de escrever "Alegria", não é que a procura e a luta pela justiça não sejam, para mim, também caminho para ir ao encontro da Única Luz que verdadeiramente ilumina o caminho dos que O procuram em verdade, mas hoje toda a liturgia me conduz para a "Alegria", porque festejámos a Luz que já veio, que nos habita, e que torna possível esta nossa caminhada em direção a Ele. Por isso o coração como que quer louvar e agradecer a Deus este mistério único de Amor que celebramos em cada Eucaristia em que participamos. E na Eucaristia de hoje até houve um Batismo, o que ainda veio trazer mais sentido a esta alegria da liturgia que vivemos, na paróquia, neste 3º Domingo do Advento . 

Por isso estive na dúvida entre escolher o salmo , ou a segunda leitura. Acabei por optar por S.Paulo, porque embora hoje toda a liturgia celebre a alegria, nesta leitura S.Paulo explica como viver essa alegria, no Advento, a caminho da Noite da Luz.

1ª Carta aos Tessalonicenses 5,16-24.
Irmãos: Sede sempre alegres.
Orai sem cessar.
Em tudo dai graças. Esta é, de facto, a vontade de Deus a vosso respeito em Jesus Cristo.
Não apagueis o Espírito.
Não desprezeis as profecias.
Examinai tudo, guardai o que é bom.
Afastai-vos de toda a espécie de mal.
Que o Deus da paz vos santifique totalmente, e todo o vosso ser – espírito, alma e corpo – se conserve irrepreensível para a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Fiel é aquele que vos chama: Ele há-de realizá-lo.


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Imaculada Conceição

Festa da Imaculada Conceição

8 de dezembro de 2011

Da homilia do cardeal-patriarca na solenidade da Imaculada Conceição

“A Mulher Imaculada”
...
"A Carta aos Efésios exprime-o claramente: “Foi assim que n’Ele, nos escolheu, antes da criação do mundo, a fim de sermos, na caridade, santos e irrepreensíveis diante d’Ele. Destinou-nos de antemão a sermos seus filhos adotivos” (Efs. 1,3-4).
A transformação do nosso coração pecador em coração imaculado, capaz de ver e amar a Deus, é o mistério da nossa redenção, um “coração novo”, chamaram-lhe os Profetas. É o nosso itinerário da graça e de chamamento à santidade, que acontece com a força de Jesus Cristo. Mas a sua Mãe, a Mulher de Coração Imaculado, está necessariamente envolvida neste caminhar da graça e está envolvida como Mãe, pois essa é a verdadeira dimensão da sua maternidade. Ela conduz-nos, com amor de Mãe, nesse caminho misterioso de mergulharmos no amor de Deus, por Jesus Cristo. Em toda a verdadeira experiência de amor de Deus, o cristão encontra Maria, a Mãe de Coração Imaculado."
...
"A Mulher de Coração Imaculado é humilde e obediente, porque ouve sempre a Palavra de Deus e dá-lhe prioridade sobre todas as outras “vozes”, corrigindo a infidelidade de Eva. Essa fidelidade à escuta da Palavra de Deus é uma das manifestações do seu Coração Imaculado. A sua resposta ao Anjo Gabriel, “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra”, é a manifestação, naquela circunstância concreta, da atitude habitual e permanente da Mulher Imaculada, escutar sempre a Palavra de Deus e segui-la com amor.
Na nossa caminhada de fé, a fidelidade concretiza-se aí: escutar sempre a Palavra do Senhor e segui-la, na obediência da fé, dando-lhe primazia sobre todas as outras vozes. A humildade de Maria inicia-nos no caminho da “obediência da fé”.
Sé Patriarcal, 8 de dezembro de 2011
D. José Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa

Mãe Imaculada ensina-nos a amar Teu Filho como o amaste tu, escutando sempre a Sua Palavra e seguindo o que Ele nos propõe, num caminho de obediência na fé, mas guiados por Ti, querida Mãe. Pega na nossa mão e leva-nos pelo caminho que conduz a Ele e só a Ele, Mãe de Deus e Mãe nossa. E, neste dia, peço-te especialmente pelo Seminário desta Diocese de Leiria-Fátima, para que os jovens, a quem Teu Filho continua a chamar, lhe abram os seus corações e se deixem guiar por Ti até Ele.


Maria, Mãe Imaculada, rogai por nós.





sábado, 3 de dezembro de 2011




 Neste segundo domingo do Advento,a VOZ profética de ISAÍAS e JOÃO BATISTA ressoa num apelo de conversão para a vinda do Senhor.  

Evangelho segundo S. Marcos 1,1-8.
Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus.
Conforme está escrito no profeta Isaías: Eis que envio à tua frente o meu mensageiro,a fim de preparar o teu caminho.
Uma voz clama no deserto: 'Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.’
João Batista apareceu no deserto, a pregar um batismo de arrependimento para a remissão dos pecados.
Saíam ao seu encontro todos os da província da Judeia e todos os habitantes de Jerusalém e eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados.
João vestia-se de pêlos de camelo e trazia uma correia de couro à cintura; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre.
E pregava assim: «Depois de mim vai chegar outro que é mais forte do que eu, diante do qual não sou digno de me inclinar para lhe desatar as correias das sandálias.
Eu batizei-vos em água, mas Ele há-de batizar-vos no Espírito Santo.»


Que S. João Batista, nos guie neste caminho de conversão até ao Natal, de modo a que o nosso coração se prepare para albergar a Luz que nos ilumina e conduz à verdadeira felicidade, o próprio Deus.
Maranatá! Vem Senhor Jesus, vem!

Pois é, na passada quarta feira, dia 30 de novembro esqueci-me de assinalar a festa que a Igreja Católica celebra em honra de Santo André. 
Sei muito pouco sobre este santo e, no que pesquisei, pouco mais fiquei a saber. Era um dos seguidores de S. João Batista, irmão de S. Pedro e foi um dos primeiros a ser chamado por Jesus.Aliás foi através de S. André que S.Pedro encontrou Jesus.Morreu, como mártir em defesa da sua fé em Jesus Cristo.  
Mas acima de tudo o que mais me marcou, neste santo, foi a defesa inquebrantável da sua fé em Jesus Cristo, como o Filho de Deus , que ressuscitou e como  conseguiu transmitir este seu amor a Jesus na Igreja do Oriente. 
Sendo apenas doze, como é que conseguiram dar testemunho de Jesus tão longe da sua terra natal! Só deixando-se guiar pelo Espírito Santo, entregando-se-lhe na totalidade! Bendito seja Deus nos seus santos.
Que S.André nos guie, nos nossos dias, para que verdadeiramente dêmos testemunho de Jesus Cristo Vivo e Ressuscitado no meio de nós. 
S. André rogai por nós.

domingo, 27 de novembro de 2011

Advento - Ano B



Começámos hoje um novo Ano Litúrgico - Ano B, entrando no Advento. Sendo este um tempo privilegiado de preparação para o Verdadeiro Natal, fizémo-lo ouvindo o Senhor dizer-nos, através do Evangelho de S. Marcos 13,37 : « O que vos digo a vós, digo a todos: vigiai!»


Jesus já veio, mas a sua vinda faz-se novamente presente, por isso precisamos de estar vigilantes para prepararmos a Sua chegada. São tantos os caminhos que somos convidados a percorrer para receber a luz que se anuncia, mas só em Jesus é possível recebê-la, para isso temos que fazer como Maria, deixar que Ele seja a própria Luz que nos habite.


Um Santo Advento 2011 !

sábado, 19 de novembro de 2011

E como chegámos ao fim deste Ano Litúrgico A, a melhor forma de festejarmos é celebrando Jesus Cristo Rei. E que ótima maneira de terminar esta caminhada que fizemos, em Igreja, desde os finais de 2010 até 20 de Novembro de 2011,celebrando o Rei, cujo trono foi a Cruz, na qual resgatou, através do Amor total e incondicional  a Deus, toda a humanidade que agora Lhe entrega.
Jesus é rei assim, no Amor, no único e verdadeiro Amor, que leva a transformar todos os que dele se aproximam, com o coração sincero e se deixam cativar por Ele. É este o Rei que a Igreja  hoje celebra. Ação de Graças, Honra, Louvor  e Glória Lhe sejam dados.
Livro de Ezequiel 34,11-12.15-17.
Eis o que diz o Senhor Deus: "Eu mesmo cuidarei das minhas ovelhas e me interessarei por elas. Como o pastor se preocupa com o seu rebanho, quando se encontra entre as ovelhas dispersas, assim me preocuparei Eu com o meu. Reconduzi-lo-ei de todas as partes por onde tenha sido disperso, num dia de nuvens e de trevas.
Sou Eu que apascentarei as minhas ovelhas, sou Eu quem as fará descansar - oráculo do Senhor DEUS. Procurarei aquela que se tinha perdido, reconduzirei a que se tinha tresmalhado; cuidarei a que está ferida e tratarei da que está doente. Vigiarei sobre a que está gorda e forte. A todas apascentarei com justiça." "Quanto a vós, minhas ovelhas, assim fala o Senhor DEUS: Eis que vou julgar entre ovelhas e ovelhas - entre carneiros e cabritos.
Ontem dia 18 de Novembro celebrou a Igreja a dedicação das Basílicas de S. Pedro e de S.Paulo.

É no coração de cada homem que Jesus continua a querer habitar, tal como habitou no Pedro e no de Paulo, que sendo tão diferentes lhe entregaram a totalidade de si próprios. Assim, a Igreja como que lembra a cada um de nós, que, seja qual for a sua forma de ser,  não há ninguém que não possa fazer da sua vida uma entrega total a Deus, um verdadeiro templo de oração em Jesus Nosso Senhor. Foi assim com Pedro e Paulo.  Que eles nos guiem na caminhada de cada dia.

domingo, 13 de novembro de 2011

Hoje é dia de festa grande na diocese de Leiria-Fátima, e em toda a Igreja, porque o senhor Jesus chamou e foi escutado por um jovem de seu nome Patrício Alexandre Lopes de Oliveira

É um jovem seminarista da nossa diocese, natural de Caxarias, Ourém, que hoje foi ordenado presbítero. Nascido a 8 de Junho de 1985, entrou para o Seminário em 2002. Terminado o percurso do Seminário em 2010, foi ordenado diácono em Maio de 2011. Desde então está a trabalhar na paróquia da Maceira.

Que o Senhor Deus seja a única força onde sempre se apoie. Que seja um pastor totalmente consagrado a Deus e à Sua Igreja, tal como  como diz o lema da semana de oração pelos seminários que, hoje termina. 

Muitos parabéns! 

"Não vou fugir do mundo, vou viver no meio do mundo"

Assinatura Foto:  
Foto tirada do site da diocese de Leiria-Fátima



 

sábado, 12 de novembro de 2011

33º Domingo do tempo comum - Ano A

Como o tempo vai passando tão depressa! Estamos a aproximarmo-nos rapidamente do fim do ano A e por isso, como sempre, o Senhor vem ajudar-nos a refletir sobre o que temos andando a fazer ao longo deste ano litúrgico, sem dramatismos, mas com realismo e muito, muito amor.





Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Um homem, ao partir para fora, chamou os servos e confiou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada qual conforme a sua capacidade; e depois partiu.
Aquele que recebeu cinco talentos negociou com eles e ganhou outros cinco.
Da mesma forma, aquele que recebeu dois ganhou outros dois.
Mas aquele que apenas recebeu um foi fazer um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.
Passado muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e pediu-lhes contas. 
 Mt. 25,14-19.
 
Só transcrevi esta parte da parábola que Jesus contou aos seus discípulos,pois foi aí que a minha alma mais n'Ele se encontrou. Na verdade acho que Jesus, como conhece tão profundamente cada ser humano, dá-lhe exatamente o que lhe convém, isto é, o quanto ele é capaz de receber para depois poder ser totalmente produtivo (até parece que estou a falar da situação económica do nosso país, com a dita falta de produtividade! Se calhar o problema passa por aqui...). A todos dá as condições para que a resposta seja sempre a 100%.  Mesmo que eu tenho um só talento, é esse mesmo que devo pôr a render na totalidade. A quem mais é dado , mais é pedido, mas a quem é dado menos, percentualmente é pedido exatamente o mesmo. E é assim o nosso Deus, a todos pede os 100% do que cada um pode render, de forma a que o Seu Reino cresça e todos os homens conheçam que são amados assim, nesta totalidade do que são, sem distinções. E Amor tão infinito só pode ser respondido também de forma incondicional. 

Senhor Jesus, que me mostraste como somos amados pelo Pai, ensina-me a optar sempre por Ele, de forma a poder render sempre os 100%. Sem ti não sou capaz, mas contigo e com a ajuda de Nossa Senhora, acredito que lá irei chegando, de acordo com os dons que me deste.







domingo, 6 de novembro de 2011

Semana dos seminários

(retirado da diocese do Porto)

De 6 a 13 de novembro, os cristãos são convidados a olharem para o “essencial da existência dos seminários”, enquanto “comunidades que continuam a experiência que Jesus realizou com os discípulos, que chamou e formou”. É a semana de oração pelos seminários.

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Formar pastores consagrados totalmente a Deus e ao seu Povo

Senhor Jesus, Bom Pastor,
que em obediência ao Pai
dais a vida pelas ovelhas,
concedei-nos as vocações sacerdotais
de que a Igreja e o mundo tanto necessitam.
Fazei que as nossas famílias e comunidades
sejam campo fértil, onde possam germinar.
Abençoai o trabalho apostólico
dos sacerdotes, catequistas e educadores
para que acompanhem a vocação sacerdotal
daqueles que escolheis.
Dai aos jovens seminaristas a coragem de Vos seguir
e o dom de configurarem o seu coração com o Vosso.
E que Santa Maria, Vossa Mãe, Rainha dos Apóstolos,
os guie e proteja, até chegarem a ser
pastores consagrados a Deus e ao seu Povo.
ÁMEN.

Projecto de Pastoral Vocacional Juvenil - LINK

sábado, 5 de novembro de 2011

XXXII Domingo do tempo comum

A Igreja, toda adornada,  "alinda-se" para receber o Esposo.  E recebe-O cheia  de alegria, com a certeza de n'Ele  encontrar a verdadeira  beleza,  que  por  monte e vales tanto tem procurado. E por isso tocam as trombetas,  repicam os címbalos, encantam as harpas e ao som de cânticos e louvores aclamamos o esposo que chega.


1ª Carta aos Tessalonicenses 4,13-14.
Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância a respeito dos que faleceram, para não andardes tristes como os outros, que não têm esperança.
De facto, se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus reunirá com Jesus os que em Jesus adormeceram.

Esta parte da carta de S.Paulo vem na sequência das leituras do passado dia 2 de Novembro -fiéis defuntos. Na verdade, só na ressurreição do Senhor Jesus nós podemos viver tão grande Mistério. Ele foi o primeiro e quem n'Ele acredita viverá na mesma esperança, tal como afirmamos no Credo.
...
Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho;
e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, Ele que falou pelos profetas.
Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para a remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos e na vida do mundo que há de vir.
Amén. 





E já passou o dia dos fiéis defuntos.
Era para ter escrito alguma coisa, mas foi dia de trabalho e acabei por não não deixar nenhuma mensagem. No entanto, quer durante a celebração eucarística, quer na romagem que se seguiu ate ao cemitério, tive oportunidade de  refletir sobre este mistério profundo que nos envolve, desde o dia em que nascemos, até Deus nos chamar para junto de si.
É sempre um momento muito importante, para mim, o de sentir que os que me eram mais queridos e Deus quis mais perto de si, continuam vivos e a velar por nós, os que ainda andamos em peregrinação pelos caminhos desta vida. Não sei explicar porquê, mas se o momento da separação foi muito doloroso, os tempos de paz e de fé que se têm seguido fazem com que sinceramente sinta que estão vivendo connosco de outra forma. Verdadeiramente acredito que ressuscitaram e junto de Deus e Nossa Senhora intercedem por nós.
Para mim o dia de fiéis defuntos celebra, de forma mais festiva, esta comunhão com os que connosco conviveram e partiram antes de nós.
Aos que já contemplam Deus face a face peço que nos entreguem a Ele, aos que ainda não chegaram a essa plenitude, peço a Deus que as suas almas descansem em paz e possam ,muito em breve gozar da felicidade de contemplar o rosto de Deus e viver na glória dos Santos.
A todos os que já partiram,aos muitos que conheci e aos com quem nunca me cruzei,dai-lhes Senhor o eterno descanso.Que as suas almas descansem em Paz. Amen

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Dia de todos os Santos.


Hoje é dia de festa. A Igreja festeja os seus santos. É verdadeiramente o dia de estarmos em comunhão com os santos que celebram e louvam a Deus pelos séculos, sem fim Amen.
Honra, glória e louvor sejam dados a Deus, nos seus anjos e nos seus santos.

É desta comunhão com os santos, conhecidos, desconhecidos,mais venerados, menos venerados, que nós aprendemos como o nosso Deus é verdadeiramente o Deus das bem-aventuranças que, de braços abertos, está sempre pronta a acolher todo o o homem que, de coração sincero, o procura, propondo-lhe o desafio constante e contínuo à Santidade (n'Ele e só n'Ele).

Ladainha dos Santos

Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós

São Miguel, rogai por nós

Santos Anjos de Deus, rogai por nós

São João Batista, rogai por nós

São José, rogai por nós

São Pedro e São Paulo, rogai por nós

Santo André, rogai por nós

São João, rogai por nós

Santa Maria Madalena, rogai por nós

Santo Estêvão, rogai por nós

Santo Inácio de Antioquia, rogai por nós

São Lourenço, rogai por nós

Santas Perpétua e Felicidade, rogai por nós

Santa Inês, rogai por nós

São Gregório, rogai por nós

Santo Agostinho, rogai por nós

São Francisco e São Domingos, rogai por nós

São Francisco Xavier, rogai por nós

São João Maria Vianney, rogai por nós

Santa Catarina de Sena, rogai por nós

Santa Teresa de Jesus, rogai por nós

Santa Teresa de Ávila, rogai por nós

Santos Mártires dos nossos tempos, rogai por nós

Todos os Santos e Santas de Deus, rogai por nós

Sede propício.Ouvi-nos, Senhor!

Para que nos livreis de todo o mal.

Para que nos livreis de todo pecado.

Para que nos livreis da morte eterna.

Pela vossa encarnação.Pela vossa ressurreição.Pela efusão do Espírito Santo.

Apesar de todos os nossos pecados.

domingo, 30 de outubro de 2011

A literatura não revela a verdade

É um pouco grande,mas vale a pena ler.

Quando há cerca de trinta anos comecei a trabalhar na Faculdade de Letras de Lisboa, lecionei uma cadeira designada Introdução aos Estudos Literários. Era, então, consensual no meu Departamento (Estudos Anglo-Americanos), que nesta cadeira deveríamos proporcionar a descoberta dos diferentes géneros literários através de um diálogo com a História. Nesse sentido, começávamos com a leitura de textos fundadores e formadores da nossa matriz cultural, de Odisseia a Édipo Rei, de As Nuvens a O Rei Lear, para depois desvendarmos textos cronologicamente mais próximo de nós, como Mensagem ou A Terra Devastada, ou os fascinantes ecos dos poetas provençais em Ezra Pound. Dois dos textos por nós estudados no início do ano letivo, quer pela sua dimensão literária quer pela sua relevância no âmbito de uma cultura assente no logos, eram o Génesis e o Evangelho Segundo João.

XXXI Domingo do Tempo Comum

E, na terra, a ninguém chameis 'Pai’, porque um só é o vosso 'Pai’: aquele que está no Céu.
Nem permitais que vos tratem por 'doutores’, porque um só é o vosso 'Doutor’: Cristo.
O maior de entre vós será o vosso servo.
Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado.
Mt23, 11-12

Um só é o vosso Pai, um só é o vosso Mestre, um só é o vosso Doutor e n'Ele temos os nossos pais, os nossos mestres e os nossos doutores. Só n'Ele e para Ele tudo nos é dado e ganha o verdadeiro sentido do serviço ao outro.

Ensina-me Senhor a estar sempre, e cada vez mais, disponível para servir. Que eu me deixe repassar por Ti de forma a que sejas o Pai, o Mestre, o Doutor para os que comigo se cruzam, nos caminhos da vida, e a quem Te queres revelar. Ajuda-me Pai, sem Ti nada posso, mas contigo tudo é possível.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Assis 2011: Dimensão espiritual é elemento »chave» para a Paz, diz Bento XVI

Representantes religiosos renovaram «compromisso comum» em cerimónia que reuniu crentes de 50 países

Assis, Itália, 27 out 2011 (Ecclesia) – Bento XVI concluiu hoje o encontro inter-religioso que convocou para Assis (centro da Itália), afirmando que a “dimensão espiritual” é um “elemento chave para a construção da paz”.

O Papa falava diante de 300 representantes religiosos e académicos, procedentes de 50 países, reunidos numa jornada de oração e reflexão pela paz e a justiça no mundo que assinalou o 25.º aniversário da primeira iniciativa do género, promovida por João Paulo II.

“O evento de hoje mostra como a dimensão espiritual é um elemento chave para a construção da paz. Através desta peregrinação única, fomos capazes de nos comprometermos num diálogo fraterno, aprofundar a nossa amizade e aproximarmo-nos em silêncio e na oração”, disse, em inglês, na Praça de São Francisco.

Líderes cristãos, judeus, muçulmanos, hindus, budistas, representantes de religiões africanas e asiáticas, bem como um grupo de agnósticos, renovaram neste encontro um ‘solene compromisso comum pela paz’.

“Vamos continuar a reunir-nos, vamos continuar a estar juntos nesta jornada, em diálogo, na construção diária da paz e no nosso compromisso por um mundo melhor, um mundo no qual cada homem e mulher, cada povo, possam viver de acordo com as suas legítimas aspirações”, declarou o Papa.

O cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, organismo da Santa Sé, afirmou que “a esperança pode prevalecer sobre o medo” e que ninguém se pode “resignar” diante das guerras.

Em seguida, 12 líderes religiosos e um representante dos agnósticos, participantes nesta jornada, assumiram o empenho de “trabalhar no grande canteiro da paz”.

O compromisso comum manifesta a “convicção de que a violência e o terrorismo se opõem ao autêntico espírito religioso”, condenando “qualquer recurso à violência e à guerra em nome de Deus ou da religião”.

A convivência “pacífica e solidária”, a promoção de uma “cultura do diálogo” e o respeito pelas convicções de “crentes e não crentes” foram outras metas apontadas em Assis, antes de um momento de oração comum, em silêncio.

“Após renovarmos o nosso compromisso pela paz e termos trocado uns com os outros um sinal de paz, sentimo-nos ainda mais profundamente envolvidos, juntamente com todos os homens e mulheres das comunidades que representamos, na nossa jornada humana comum”, disse Bento XVI.

O Papa explicou o gesto escolhido para a conclusão do evento, a entrega de uma lamparina aos participantes, símbolo do desejo de serem “portadores, em todo o mundo, da luz da paz”.

Para além das lamparinas, foram largadas pombas brancas, algumas das quais acabaram por ir parar ao meio da assembleia.

No final deste encontro, Bento XVI quis agradecer a todo os que o “tornaram possível”, bem como os jovens que cumpriram, a pé, uma peregrinação para “testemunharem como, entre as novas gerações, são muitos os que se empenham para superar violências e divisões”.

Esta manhã, o Papa tinha pedido um empenho conjunto "na luta pela paz", perante “novas e assustadoras fisionomias” de violência como o terrorismo, apelando ao fim do “recurso à violência por motivos religiosos”.

Bento XVI afirmou ainda que a “ausência de Deus” provocou “crueldade e uma violência sem medida” na história recente da humanidade, criticando os “inimigos da religião”.

A celebração concluiu-se diante do túmulo de São Francisco de Assis, santo católico dos séculos XII-XIII que inspirou iniciativas de diálogo inter-religioso

Retirado da "Ecclesia"

segunda-feira, 24 de outubro de 2011


Ontem foi também o Dia Mundial das Missões

“É necessário converter a nossa vida, expondo-a permanentemente àquela rajada de verbos do Senhor Jesus: ‘vai, vende, vem e segue-me’, e transformarmo-nos em testemunhas credíveis do Ressuscitado no nosso ambiente e em toda a parte”, afirma D. António Couto, na sua mensagem para este dia.



Ontem foi o XXX Domingo do Tempo Comum e como foi abundante e desafiante a Palavra proclamada.

"Naquele tempo, os fariseus ouvindo dizer que Jesus reduzira os saduceus ao silêncio, reuniram-se em grupo.
E um deles, que era legista, perguntou-lhe para o embaraçar:
«Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?»
Jesus disse lhe: Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente.
Este é o maior e o primeiro mandamento.
O segundo é semelhante: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.»
S. Mateus 22,34-40.

Aqui o Senhor Jesus, na resposta aos Judeus , não fala através de parábolas, mas apresenta claramente o 1º Mandamento da lei de Deus e junta-o com o segundo, como que formando um só. E este é que é o nosso cartão de identidade. É a partir dele que se vê se somos cristão ou não.

Que esta seja a verdadeira lei que habita no meu coração. o verdadeiro Amor a Deus e aos irmãos.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Não podia deixar de assinalar o dia 18 de outubro, em que a Igreja celebra S. Lucas Evangelista.

Diz a tradição que era médico e pintor (tendo pintado o ícone da Virgem com o Menino) e que, depois de se converter ao cristianismo, acompanhou, de muito perto, S. Paulo (sendo o único que estava com Paulo, quando este foi martirizado em Roma).
Este santo escreveu um dos evangelhos e, embora não tenha conhecido, pessoalmente, Jesus, fê-lo transmitindo de forma apaixonada e clara os ensinamentos que Jesus nos deixou, enquanto esteve fisicamente entre o seu povo. Ao longo de todo o Evangelho, S.Lucas põe em evidência que Jesus veio para todo o Homem, de qualquer raça, credo, ou nação, rico , ou pobre.
Por alguma razão se diz que o seu evangelho é, de entre os quatro, o mais dirigido aos pagãos

Que , tal como S. Lucas, nos deixemos amar por Jesus de modo a sermos luz que irradia Deus, no nosso dia a dia. Invoquemos a sua bênção sobre nós.


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Hoje a Igreja celebra a memória de Santo Inácio de Antioquia


Santo Inácio de Antioquia, conforme historiadores, viveu por volta do segundo século. Coração ardente (o nome Inácio deriva de ignis = fogo ), ele é lembrado sobretudo pelas expressões de intenso amor a Cristo.
As suas palavras inflamadas de amor a Cristo e à Igreja ficaram na lembrança de todas as gerações futuras: "Deixem-me ser a comida das feras, pelas quais me será dado saborear Deus. Eu sou o trigo de Deus. Tenho de ser triturado pelos dentes das feras, para tornar-me pão puro de Cristo."
" Onde está o Bispo, aí está a comunidade, assim como onde está Cristo Jesus aí está a Igreja Católica",

A carta de S.Paulo, lida neste dia e que abaixo transcrevo, bem se pode aplicar a Santo Inácio pelo testemunho que nos deixou.

Carta aos Romanos 4,20-25.
Irmãos: Diante da promessa de Deus,Abraão não duvidou por falta de fé. Pelo contrário, tornou-se mais forte na fé e deu glória a Deus, plenamente convencido de que Ele tinha poder para realizar o que tinha prometido.
Esta foi exactamente a razão pela qual isso lhe foi atribuído à conta de justiça.
Não é só por causa dele que está escrito foi-lhe atribuído, mas também por causa de nós, a quem a fé será tida em conta, nós que acreditamos naquele que ressuscitou dos mortos Jesus, Senhor nosso, entregue por causa das nossas faltas e ressuscitado para nossa justificação.

Bento XVI publica carta pastoral na qual apresenta objetivos do «ano da fé», convocado para 2012-2013

Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio «Porta Fidei»

Com a qual se proclama o Ano da Fé

1. A porta da fé (cf. Act 14, 27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar aquela porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira. Este caminho tem início com o Batismo (cf. Rm 6, 4), pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o nome de Pai, e está concluído com a passagem através da morte para a vida eterna, fruto da ressurreição do Senhor Jesus, que, com o dom do Espírito Santo, quis fazer participantes da sua própria glória quantos creem n’Ele (cf. Jo 17, 22). Professar a fé na Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – equivale a crer num só Deus que é Amor (cf. 1 Jo 4, 8): o Pai, que na plenitude dos tempos enviou seu Filho para a nossa salvação; Jesus Cristo, que redimiu o mundo no mistério da sua morte e ressurreição; o Espírito Santo, que guia a Igreja através dos séculos enquanto aguarda o regresso glorioso do Senhor.

domingo, 16 de outubro de 2011

XXIX Domingo do Tempo Comum

Eu sou o SENHOR e não há outro, não existe outro Deus além de mim. Concedo-te a insígnia do poder, embora não me conheças.
Assim saberão, do Oriente ao Ocidente, que não há outro fora de mim. Eu é que sou o SENHOR. Não há outro.   
Isaías 45,1.4-6
  
O Espírito de Deus sopra,onde quer, quando quer, em quem Ele quer, para se nos revelar e connosco caminhar . E foi assim que, através de Ciro,  Deus se manifestou ao Seu Povo. 
Com cada um de nós Deus faz o mesmo, chega ao nosso coração através daqueles que vivem, ou se cruzam connosco, não da forma que nós queremos, mas exatamente como Deus acha que é o melhor para nós. Serve-se das suas atitudes, dos  seus gestos para comunicar com cada um. Podemos não o reconhecer, achar que se esqueceu de nós, ou que agiu ao contrário do que precisávamos, mas Ele, que nos conhece no mais profundo de nós mesmos, sabe do que necessitamos para n'Ele nos encontrarmos e sermos verdadeiramente felizes, por isso conduz-nos por e para esse caminho, que é Ele mesmso.

domingo, 9 de outubro de 2011

A liturgia celebra hoje o XXVIII domingo do tempo comum.


Livro de Isaías 25,6-10a
Sobre este monte, o Senhor do Universo prepara para todos os povos um banquete de carnes gordas, acompanhadas de vinhos velhos, carnes gordas e saborosas, vinhos velhos e bem tratados.
Neste monte, Ele arrancará o véu de luto que cobre todos os povos, o pano que encobre todas as nações.
Aniquilará a morte para sempre. O Senhor DEUS enxugará as lágrimas de todas as faces, e eliminará o opróbrio que pesa sobre o seu povo, sobre toda a nação. Foi o SENHOR quem o proclamou.
Dir-se-á naquele dia: «Este é o nosso Deus, nele confiámos e Ele nos salva. Este é o SENHOR em quem confiámos. Congratulemo-nos e rejubilemos com a sua salvação.
A mão do SENHOR repousará sobre este monte.» 

Este é o nosso Deus, Aquele que convida todo o Homem, não deixando ninguém de fora, para o banquete da salvação. E a todos enxugará as lágrimas dos seus rostos e dará a Salvação. 
Depois de escutarmos este texto, o nosso coração sente-se como que impulsionado a louvar e agradecer ao nosso Deus por nos amar desta forma total e sem limites. 

Eu te louvo e bendigo Senhor pelo Teu Amor por nós. Obrigada Senhor. 
Como nos amas meu Deus! Obrigada Senhor.
Que este amor, com que me inundas, refresque e tonifique a todos os que pões no meu caminho.
Que todos os homens te louvem e bendigam hoje e sempre, pelos séculos sem fim.
Amen.

sábado, 8 de outubro de 2011

No passado domingo, dia 2 de outubro, do corrente ano 2011, a diocese de Leiria -Fátima reiniciou as atividades pastorais com a Assembleia Diocesana, presidida pelo seu bispo. D.António Marto apresentou  a sua carta pastoral para o ano 2011-2012, que tem como tema: "Testemunhas de Cristo no Mundo - Brilhe a vossa luz diante dos homens".


Carta Pastoral para 2011/2012
Agora é preciso lê-la e pô-la em prática , na nossa vivência diária.
Que verdadeiramente, todos nós cristãos, nos sintamos interpelados a ser, no mundo de hoje, testemunhas de Cristo.
Bom Ano Pastoral

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

S.Francisco de Assis


A Igreja celebrou ontem um dos seus santos, que é,para mim, alguém que me faz pensar e questionar quanto à minha coerência de vida.. Mas acima de tudo em S.Francisco o que mais me impressiona é a forma  e o quanto se deixou AMAR por Deus. Todo se deu por Amor, n'Aquele por quem se enamorou e se deixou amar, Jesus Cristo.

S. Francisco ensina-me a amar Jesus como tu o amaste, ao meu jeito, mas numa adesão total. Intercede por mim junto de Deus, para que, verdadeiramente, eu faça o que o Senhor quer de mim.

Oração de São Francisco de Assis

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.